“A partir do estudo apresentado, fruto de um trabalho longo de pesquisa e de benchmarking com cinco países, iremos traçar as diretrizes das ações. Vamos agora colocar na prática o que foi sugerido no estudo”, ressaltou o coordenador do estudo e analista do Sebrae Paraíba, Jucieux Palmeira.
O Estudo foi apresentado durante o Seminário do Complexo da Ovinocaprinocultura no Brasil, realizado pelo Sebrae Paraíba, em João Pessoa, nesta quinta-feira (05). Segundo Jucieux Palmeira, a apresentação do estudo é a primeira parte do projeto, que pretende alavancar a atividade na Paraíba e no Nordeste.
O Estudo do Complexo da Ovinocaprinocultura apresentou uma análise comparativa da cadeia produtiva do Brasil e de cinco países visitados pelos pesquisadores (Reino Unido, Espanha, Uruguai, Austrália e Nova Zelândia). “Fizemos um trabalho de benchmarking internacional para conhecer a cadeia produtiva de sucesso desses países. Por que não podemos adotar esses modelos aqui também? Parte da Espanha, por exemplo, tem o clima muito parecido com o do Nordeste brasileiro”, completou Jucieux.
O professor da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Carlos Frederico Lacerda, apresentou esta análise, em conjunto com os pesquisadores Bruno Santos, Breno Guerra, Eduardo Amadeu e Daniel Benitz. “O Brasil possui um grande mercado consumidor de carne de ovinos e caprinos. Muitos países estão de olho neste mercado. Apesar de termos um rebanho de 18 milhões de animais, importamos ovinos do Uruguai”, disse Carlos Lacerda.
Ele mostrou que a Nova Zelândia, por exemplo, possui um rebanho de 31,2 milhões de caprinos e ovinos, abate 23 milhões e exporta cerca de 92%, ficando apenas 8% para o mercado interno, já que sua população é de aproximadamente 3 milhões de habitantes. Já o Uruguai, possui um rebanho de 8,2 milhões de caprinos e ovinos, menos da metade do Brasil, e ainda assim vende sua carne para o Brasil.
De acordo com o Estudo apresentado por Carlos Lacerda, a cadeia produtiva desses cinco países visitados são extremamente organizadas, o que lhes confere a rentabilidade da atividade. A indústria frigorífica tem elevada participação nesse desenvolvimento. São 20 frigoríficos operando no abate de ovinos na Espanha, 21 no Uruguai, 17 na Nova Zelândia, países com área e população inferior a 5% do Brasil. No Brasil, no entanto, a indústria frigorífica tem baixa participação, pois são apenas três frigoríficos na região Nordeste que possuem SIF (Serviço de Inspeção Federal) e se dedicam prioritariamente a esta atividade.
As informações são da Agência Sebrae de Notícias-PB, adaptadas pela Equipe FarmPoint.
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