Essa foi uma das sugestões apresentadas pelo gerente de agronegócio do Sebrae, Antônio Felinto Neto, que participou da 1ª Pré-conferência Estadual de Desenvolvimento Sustentável do Bioma Caatinga, em Campina Grande. O evento emitiu documento que representará a contribuição da Paraíba para a I Conferência Regional - A Caatinga a Rio+20, que acontece em maio deste ano, em Fortaleza.
"Existem três projetos exitosos na caatinga paraibana, que é a caprinocultura leiteira no Cariri, a ovinocultura no Agreste e a apicultura no Sertão. Mas precisamos melhorar o modelo econômico", disse Felinto. Ele se refere a um avanço, por exemplo, na questão ambiental, que sempre esbarra com o trabalho das olarias de cerâmica vermelha. "Este segmento precisa adotar medidas como a produção de florestas energéticas", ressaltou.
Já a caprinocultura de corte é um pouco mais complexa, segundo Felinto. "A cadeia produtiva existe no estado, mas os frigoríficos ficam muito ociosos, porque falta atingir a capacidade de mais 50% de carne recebida. Nesse caso, já se cogita a alternativa de desenvolver o produto premium, 'Cabrito do Cariri'. Isto é, fazer a carne de cabrito vender mais, introduzir inovação no corte, priorizar o abate do cabrito com até 30 dias", sugeriu.
O gerente do Sebrae ainda pontuou outras atividades de sucesso na Paraíba, entre elas o Arranjo Produtivo Local (APL) dos calçados em Campina Grande, que dobrou o quadro de trabalhadores de mais de 1,5 mil para três mil numa década. Outro projeto que difunde o conceito sustentável é o trabalho com a agricultura familiar. A Produção Agroecológica Integrada e Sustentável (Pais) já conta com mais de 200 famílias no estado. E a produção leiteira caprina do Cariri, que é a maior do Brasil, com 15 mil litros/dia.
As informações são da Agência SEBRAE de Notícias, resumidas e adaptadas pela Equipe FarmPoint.
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