O bode hoje é figura comum em cardápios de vários restaurantes também no Litoral, e produtos como o leite de cabra e seus derivados, queijos e até iogurtes, também começam a ganhar o paladar de um maior número de paraibanos.
Segundo dados do Sebrae-PB, só na região do Cariri, são produzidos 20 mil litros de leite de cabra por dia, e a expectativa é que essa produção chegue a 25 mil litros diariamente. No Sertão, a produção é menor, 1,2 mil litros por dia, mas deve chegar a 2 mil até dezembro. No Curimataú e Seridó, são 900 litros produzidos diariamente, com a previsão de chegar a 1,5 mil até o final do ano.
Depois dos incentivos, principalmente do governo do Estado, foram desenvolvidos novos sistemas de produção e a introdução de novas raças para criação e o desenvolvimento de novos produtos. Os produtores rurais da região também se uniram a vários outros parceiros como o Sebrae, BNB, Embrapa, entre outros e criaram uma indústria de beneficiamento de leite. "Somos hoje o principal produtor de leite de cabra do País", reforça o pesquisador da Emepa. No Estado, boa parte do produto é vendida ao programa de distribuição de leite.
Para as comunidades dessas regiões, a criação de caprinos se tornou uma atividade que hoje gera renda e mudanças sociais nas próprias comunidades. "O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da região do Cariri, por exemplo, só perde hoje para a região de João Pessoa e Campina Grande.
Mas se a carne do bode e o leite de cabra começam a ganhar espaço na mesa e no mercado consumidor não só dos paraibanos, o grande desafio para o futuro é investir em tecnologia, novas pesquisas e novos produtos, alertam os pesquisadores. "Estamos no caminho para consolidar a atividade da caprinocultura leiteira. Agora é preciso apostar em projetos que puxem mais ainda essa cadeia produtiva, para a criação de uma linha comercial de produtos, como os iogurtes e outros produtos feitos com o leite", destaca o pesquisador.
"Essa produção de laticínios a partir do leite de cabra vem evoluindo. Hoje já existem, além dos iogurtes, os queijos, o licor... E são produtos que podem beneficiar aqueles que têm resistência à lactose. Ou seja, existe uma demanda grande de consumidores, e a produção ainda é pequena. Mas é um setor que só cresce", enfatiza também a gerente de Gestão Estratégica do Sebrae-PB, Ivani Costa.
As informações são de Silvana Cibelle para o Sebrae-PB, resumidas e adaptadas pela equipe FarmPoint.
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