A instalação, construída com recursos do Pronaf, numa parceria entre o Governo Federal e o Governo da Paraíba, cujo investimento já ultrapassa mais de R$ 1 milhão, tem capacidade para abater 120 animais por dia e vai explorar o segmento de cortes especiais destinados a mercados consumidores seletos de centros urbanos.
"O abatedouro e frigorífico vai estimular ainda mais a cadeia produtiva da ovinocaprinocultura da Paraíba. Essa é a expectativa geral dos criadores", afirma Antônio de Pádua Torre de Almeida, superintendente do Centro de Desenvolvimento Integrado da Ovinocaprinocultura (Cendov), entidade que dá suporte técnico e financeiro aos criadores de caprinos e ovinos de sete municípios da região do Cariri paraibano, cuja sede se localiza no Parque de Exposição da cidade de Monteiro.
O abate, o processamento e armazenamento de produtos de origem caprina e ovina ocorrerão sob a supervisão do Serviço de Inspeção Estadual e Federal, medida que possibilitará a comercialização das carnes e de seus derivados em todo o território nacional. Todo o processo ocorrerá dentro de um galpão medindo 40 m de comprimento por 12 m de largura, que foi erguido no interior do Parque de Exposição de Monteiro.
A indústria vai priorizar o abate e o armazenamento de animais precoces, com até 120 dias, que fornecem carnes mais macia, com uma melhor textura e livres de gorduras.
Na região do município de Monteiro existem hoje cerca de 45 mil animais, entre caprinos e ovinos. Desse total, algo em torno de 16 mil são cabras leiteiras. A atividade dos criadores tem como grande suporte o Programa Leite da Paraíba, que absorve a maior parte da produção leiteira do Cariri Ocidental, cujo plantel já ultrapassa 200 mil animais.
"Atualmente, Monteiro conta com o maior número de caprinos e ovinos do estado da Paraíba e, cada vez mais, os criadores procuram melhorar o padrão genético de seus animais", conta Antônio de Almeida.
As informações são do Jornal A União/PB, resumidas e adaptadas pela equipe FarmPoint.
Antonio Adriano Batista Alves Sousa
Fortaleza - Ceará - Produção de leite
postado em 10/09/2008
Olá,
Às vezes fico me perguntando por que o Nordeste não se destaca como o maior produtor nacional de carne caprina e ovina, tendo em vista, que a Região possui mais de 90% do rebanho caprino nacional e mais de 50% do rebanho ovino.
Certamente será por falta de experiência como as que vêm sendo desenvolvida na Paraíba. Todos os estados nordestinos detentores de potencial natural para a caprinovinocultura deverá incentivar essa atividade, a qual vem revelando boa rentabilidade. A sociedade civil deve está atenta as potencialidades locais, e juntamente com outros atores sociais, governos, buscarem desenvolver estes potenciais. Está de parabéns o município de Monteiro, por mais uma iniciativa que fará sem dúvida a diferença para a caprinovinocultura nordestina.
Sou zootecnista e trabalho com projetos de ovinos e caprinos na Agência de Desenvolvimento Econômico Local - Adel nos Municípios de Pentecoste e Apuiarés no Ceará, para mim, experiências como essa nos fortalece muito diante do cenário de desvalorização pelo qual tem passado a nossa caprinovinocultura durante muitos anos.
Muito sucesso para os produtores de Monteiro,