O secretário do Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca, Ruy Bezerra Cavalcanti, destacou que o rebanho caprino na Paraíba está na ordem de 600 mil animais, dos quais um terço é produto do melhoramento genético que teve início a mais de oito anos.
"Verificando que deu certo naquela ocasião, o governador determinou que fosse elaborado outro programa de melhoramento genético", informou o secretário. Segundo ele, já existe assegurada a aquisição de 950 embriões com recursos do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (Fida) e 1.000 embriões pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para que seja dado um novo impulso no rebanho caprino.
No mês de dezembro, o pesquisador da Empresa de Pesquisa Agropecuária da Paraíba (Emepa), Wandrick Hauss de Sousa, viaja à África do Sul para iniciar o trabalho de seleção de animais matrizes e reprodutores de alta linhagem que fornecerão os embriões e com isso melhorar o rebanho paraibano.
Todo o projeto visa tornar a pecuária caprina cada vez competitiva, agregando valores para conquistar o mercado. Com relação a produção de leite, que traz resultados imediatos, o Governo compra 13,8 mil litros diários de uma produção em torno de 20 mil litros, através do Programa do Leite.
Segundo o secretário Ruy Bezerra, a meta é que num período de até quatro anos possa se chegar aos 50 mil litros, o que será possível com a introdução de genética de boa qualidade.
A preocupação é garantir mais um mercado para a produção de leite que não seja apenas a compra pelo governo. "Temos que agregar valor ao leite caprino e a solução é sua transformação em pó, que tanto tem mercado nacional como internacional", disse. As pesquisas mostram a viabilidade econômica do projeto, obtendo um resultado de um quilo em pó para nove quilos do leite in natura. Também tem a instalação de um abatedouro localizado na cidade de Monteiro, que está próximo de ser inaugurado.
"A cadeia produtiva da caprinocultura está voltada hoje para a produção do leite, mas sabemos que poderia se voltar para a produção de carne", comentou. Ele aguarda que se constitua a gestão do abatedouro para começar seu funcionamento porque o governo não pode gerir unidades que são próprias da iniciativa privada.
"O objetivo é transferir novos conhecimentos, novas tecnologias de alimentação, de melhoramento genético e realmente a obtenção de resultados econômicos nesta atividade", disse o secretário Ruy Bezerra.
A reportagem é do portal ClickPB, resumida e adaptada pela Equipe FarmPoint.
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