Com análises focadas na observação de dados que expliquem o mercado, o estudo buscou investigar principalmente o público consumidor, tanto de clientes comuns como de varejistas (restaurantes, supermercados, açougues). Dos abordados individualmente em todo o Estado na pesquisa, 44% declararam que consomem carne caprina e ovina. Dos que não consomem (56%), 37%, culpou a falta de hábito e não de fato uma rejeição pelos produtos, o que apresenta um bom dado para investimentos.
"Representa um mercado potencial a ser alcançado e ainda não atendido que pode aumentar de forma significativa a comercialização dos produtos em pauta. A disponibilidade e acessibilidade encontram respaldo na declaração dos fatores necessários para o consumo, além dos apelos para consumir um alimento saudável", comentou Antonio Felinto, gestor do Projeto Aprisco.
A carne de caprinos e ovinos é consumida eventualmente por mais de ⅔ dos entrevistados em João Pessoa, que revelam que é uma ótima pedida para os fins de semana. É também a terceira opção de cardápio para os consumidores de Campina Grande que revelaram que o consumo é feito em média de seis a dez vezes nos mês, colocando os consumidores da cidade como os que mais comem carne de caprinos e ovinos, dentro da amostragem do Estado. Já em Monteiro, mesmo sendo o maior centro de caprinos, registra-se uma preferência pela carne de ovinos. Em geral, os consumidores paraibanos consomem mais carne caprina que ovina.
Os paraibanos adquirem a carne principalmente em supermercados e açougues, fora o consumo em restaurantes, no entanto para 23% dos entrevistados é difícil encontrar os produtos nas prateleiras. Nos demais estados da Região Nordeste, as compras da maioria são feitas em mercados públicos e feiras livres. Os preços da carne, principalmente dos cortes definidos, sem osso, são considerados caros pelo público da capital. Em Campina os preços são taxados como justos e em Monteiro, os consumidores (50%) acham que os preços praticados são baratos.
Consumo do leite e derivados
Já para o consumo de leite de cabra a maior incidência é na cidade de Monteiro, onde 52% revelaram consumir todos os dias o produto de forma in natura. Em João Pessoa a tendência é pelo consumo de leite de soja e de vaca. A preferência do paraibano pelo consumo do queijo é pelo tipo coalho, mas o desejo de consumir produtos derivados pode vir com a disponibilização nos pontos de venda.
No universo dos varejistas (restaurantes, supermercados, açougues) 42% comercializam carne de caprinos e fazem a aquisição do produto localmente, mas com um índice representativo de compras em Pernambuco. Já a carne ovina é comercializada por 30% dos estabelecimentos.
As informações são da Agência Sebrae da Paraíba, resumidas e adaptadas pela Equipe FarmPoint.
marcondes marcio de melo tenorio
santa cruz do capibaribe - Pernambuco - Revenda de produtos agropecuários
postado em 27/10/2011
Não conheço em detalhes o Projeto Aprisco, porem, tudo o que e feito para valorizar o produtor, seja no sentido do conhecimento de mercado de fundamental importancia para ter-se um planejamento das atividades ou de difusão do produto em sí, são passos importantes para consolidação da caprinovinocultura. Gostaria de solicitar do nobre companheiro Antonio Felinto se possivel uma pesquisa inerente a caprinocultura do leite,o que sabemos é que o programa de aquisição do leite de cabra da Paraíba está bastante consolidado, o que quero saber é: com a distribuição de leite de cabra os indices de alergia sofrida pelas crianças baixou consideravelmente? se há condições de termos um comparativo antes e depois da distribuição do leite de cabra quanto a incidencia das alergias, já que existe informações que 65% das alergias são provocadas por leite de vaca. Caro amigo, isso é de suma importancia obtermos informações que serão tão valiosas para defendermos esse produto tão nobre que é o leite de cabra. Bom para nossas crianças, melhor ainda para nossos idosos.