O presidente da Associação dos Criadores de Caprinos e Ovinos de Petrolina e Região, Nilton Cavalcanti, informou que a capacidade de adquirir reprodutores para melhorar o rebanho é um privilégio de poucos criadores. "Posso dizer seguramente que 80% dos criadores da região do São Francisco possuem animais simples, sem muitas qualidades genéticas".
Os criadores encontram dificuldades na hora de conseguir um financiamento para melhorar o plantel, afirmam que a burocracia é desanimadora. Colocam ainda que as linhas de financiamento mais rápidas, como o Pronaf, liberam dinheiro insuficiente para se fazer um investimento sólido.
Entretanto, o secretário em exercício de Produção Rural do Estado, Eutácio Borges, garantiu que o governo tem feito sua parte. Ele disse que o Estado, em parceria com o Sebrae, disponibiliza dois laboratórios móveis que percorrem o estado realizando inseminação artificial no rebanho. O programa já beneficiou 420 criadores dos sertões do Moxotó e Pajeú. O governo também mantém uma propriedade em Sertânia com reprodutores que são emprestados às cooperativas e associações.
De acordo com dados fornecidos por ele, o rebanho de caprinos e ovinos de Pernambuco gira em torno de 1,5 milhão a 2 milhões de animais. Até o final do ano, a meta é inseminar 12 mil matrizes em 40 municípios.
As informações são de Viviane Barros para o Jornal do Comércio.
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