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Pecuária ovina argentina é prejudicada pelas cinzas do vulcão Puyehue

postado em 28/07/2011

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A erupção do vulcão Puyehue e as cinzas que ficaram na Argentina terminaram de colapsar a situação da pecuária ovina, que se encontra em crise há quatro anos devido à extensa seca que o país vem sofrendo, disse a Mesa Ovina da Sociedade Rural Argentina.

Em um comunicado, a entidade disse que "os vaivéns dos preços da lã e o contínuo aumento dos custos fazem com que a produção seja inviável, principalmente para os pequenos e médios produtores".

As famílias rurais foram as mais afetadas pelo vulcão, dado que a cinza cobriu a região onde os ovinos pastam, "cobrindo os poucos pastos que a seca deixou e causando problemas de saúde aos animais, os quais mastigam o pó vulcânico. Esse também se incrustou em sua lã, tornando-a mais pesada e afetando a qualidade de sua textura".

"Ao não contar com reservas forrageiras ou possibilidades de levar suas ovelhas a outros campos e ao receber uma ajuda insignificante do governo nacional e provincial por esse problema, as condições ficam mais críticas dia a dia. Essa situação é extrema, dado que, na Patagônia, não há possibilidades de converter esses estabelecimentos e se voltar para produções alternativas, onde o valor da mão-de-obra é 20% superior à de outras zonas produtoras do país, cujo custo representa mais de 50% dos custos de produção".

A entidade também destacou "a grande relevância, geopolítica, social, ocupacional e econômica que tem essa atividade, principalmente na Patagônia, que ocupa um terço do território nacional, já que permite a ocupação de trabalhadores e suas famílias, para impulsionar o crescimento e o desenvolvimento dessa região". "Por isso, consideramos de suma importância que o Governo nacional e, mais especificamente, a presidente da nação nos escute e que se gere um verdadeiro compromisso das autoridades com essa gravíssima situação".

Para a Mesa Ovina, deve-se contemplar "uma política de Estado para essa atividade, onde se combinem medidas de curto prazo para enfrentar a difícil situação dos pequenos e médios produtores, suas famílias e seu pessoal com medidas de longo prazo". Outro pedido é que sejam eliminados os impostos de exportação à lã e à carne ovina que, atualmente, está em níveis de 5% a 10% no primeiro caso e de 5% no segundo caso.

A reportagem é do Terra, traduzida e adaptada pela Equipe FarmPoint.

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