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Pecuária se intensifica com pastagens plantadas

postado em 02/09/2010

1 comentário
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Em 36 anos, o País aumentou em duas vezes e meia o território usado com pastagens plantadas. Esse aumento não se deu ao custo de novas áreas de desmatamento, segundo a pesquisa Indicadores de Desenvolvimento Sustentável (IDS), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mas pela diminuição no território onde existiam pastagens naturais. De acordo com a publicação do instituto, o dado revela a intensificação da pecuária brasileira.

De 1970 a 2006, as pastagens plantadas saíram de 3,5% para 12% do território nacional. No mesmo período, o total usado com pasto natural caiu pela metade, de 14,6% para 6,8%. Embora o uso da terra tenha se intensificado, o espaço usado pela atividade agropecuária se manteve estável ao longo dos anos, chegando a aproximadamente um quarto do território nacional, com 26,5%, em 2006.

A área reservada nas propriedades rurais às matas plantadas também faz parte dessa conta. No entanto, a pesquisa mostra que, apesar de elas terem crescido, não chegam a 1% do País. "O dado é preocupante, porque pode mostrar desmatamento. O que muitas vezes é considerado pasto natural pode ser, na verdade, um bioma importante, como o Cerrado ou a Caatinga", avaliou Ana Luiza Coelho Netto, geóloga do departamento de geografia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

A superintendente técnica da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA), Rosemeire dos Santos, avalia que a intensificação reduz a pressão por desmatamento. "É positivo, porque você reduz a pressão por áreas plantadas com outras culturas. Você intensifica o uso do solo já plantado e reduz a pressão sobre o meio ambiente", afirmou ela.

Como consequência do maior uso do solo com pastos plantados, o País dobrou a quantidade de fertilizantes usada nessas áreas. Foi de 69,4 quilos por hectare em 1992, para 143,7 quilos por hectare, em 2008. "É bom o fato de não termos avançado no uso da terra, mas o crescimento das pastagens plantadas mostra que foi preciso usar mais fertilizantes e mais agrotóxicos. Isso tem impactos tanto sobre o meio ambiente quanto sobre a saúde dessas pessoas", explicou a pesquisadora.

A reportagem é do jornal O Estado de S.Paulo, adaptada pela Equipe FarmPoint.

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Comentários

FÁBIO BITTI LOUREIRO

Aracruz - Espírito Santo - Médico Veterinário
postado em 08/09/2010

A intensificação do uso da terra tendo como objetivo maior produtividade por hectare tem como certa a premissa de maior uso de agrotóxicos, neste modelo onde a escola brasileira de controle biológico com fungos entomopatógenos, formicidas orgânicos e Toxinas a nase de Bacillus só puderem ser consideradas viáveis quando incutidos em algum pacote multinacionaltecnológico de pastos transgênicos e afins.

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