O especialista da Direção Geral de Competitividade Agrária, Ovidio Narro, detalhou que a criação de ovelhas nessas comunidades não estava orientada para produzir leite, pois mesmo quando os animais estavam adaptados à altura e ao clima, somente produziam lã e carne de baixa qualidade.
Por isso, o projeto priorizou ações chaves como a introdução da raça ovina leiteira alemã East Friesian e o uso de tecnologia reprodutiva avançada, com emprego de campanhas de inseminação artificial laparoscópica com sêmen congelado, o que permite colocar diretamente o sêmen no útero da ovelha, tornando mais eficiente o uso de carneiros reprodutores.
Além disso, foram instalados pastos cultivados e salas de ordenha mecânica, além do desenvolvimento de um processo de capacitação dos membros da comunidade em diferentes temas da cadeia de leite ovino.
Estima-se que uma ovelha East Friesian pura possa produzir entre 500 a 600 litros de leite em um período de lactação de 210 a 230 dias de lactação, como também cordeiros para benefício ao desmame. É assim que, através de um melhoramento genético, as ovelhas produzem leite para elaboração de queijos gourmet e carne de cordeiro, o que tem gerado uma maior produtividade e mais lucros econômicos.
Outro passo importante para posicionar os derivados lácteos ovinos foi conseguir que os produtores se associassem com a empresa privada Láctea S.A., que processa leite ovino para obter queijos gourmet comercializados em reconhecidos supermercados da capital peruana. A meta é a exportação, de forma que o Ministério da Agricultura, em coordenação com o Governo Regional, tem por objetivo aumentar a produção de leite ovino.
A reportagem é do http://peru21.pe, traduzida e adaptada pela Equipe FarmPoint.
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