As pesquisas estão sendo desenvolvidas na fazenda modelo da Embrapa Meio-Norte, na cidade de Campo Maior/PI, onde são criados ovinos da raça Santa Inês. Apesar da pesquisa ter sido desenvolvida com ovinos dessa raça, a pesquisadora afirma que os resultados podem ser aplicados a outras raças, criadas em condições edafoclimáticas (características de solo, clima e vegetação) semelhantes.
As principais ações da pesquisa são a suplementação alimentar aplicada às matrizes reprodutivas e às crias e o controle da amamentação. Após o parto, as crias ficam junto com a mãe até o 15º dia, quando é iniciada a amamentação controlada, onde elas passam a mamar apenas duas vezes ao dia, pela manhã e à tarde, durante 30 minutos de cada vez. O estímulo mamário decorrente da amamentação altera a função ovariana, atrasando o restabelecimento da atividade reprodutiva após o parto e reduzindo o tempo de anestro dessas ovelhas.
Outro fator que influencia o reinício da atividade ovariana pós-parto nas ovelhas é a nutrição. A ausência de uma nutrição adequada atrasa o restabelecimento dessa atividade, por isso as fêmeas devem estar bem nutridas no final da prenhez e no pós-parto para que possam reduzir o período de anestro após o parto. As pesquisas mostraram que essas duas práticas não trouxeram prejuízos ao desenvolvimento das crias e reduziram o tempo em que as ovelhas podem voltar a reproduzir.
Foram constatadas ainda que a suplementação alimentar oferecida a ovelhas nessa fase exerce uma influência positiva no peso das matrizes e no desempenho dos cordeiros. Os cordeiros que tiveram a amamentação controlada e suplementação alimentar apresentaram um desenvolvimento até mais rápido do que aqueles que ficaram na dependência do leite materno.
As informações são da Embrapa Meio Norte, resumidas e adaptadas pela Equipe FarmPoint.
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