“Ainda agora, depois de tanto tempo os comentários sobre predadores continuam. Existem várias soluções, mas as peculiaridades de cada lugar levam a diferentes métodos de controle. Onças que criam os filhotes comendo ovelhas voltam na outra estação, pois sabem onde há alimento fácil e abundante. Os javalis são um gravíssimo problema e os cães também. Até o lobinho que aprende a comer ovelha volta a atacar. Aqui no Mato Grosso do Sul nunca ouvi falar de ataque de lobinhos, mas ele é problema em algumas regiões.
A discussão real é a proibição de controle de animais silvestres. Os órgãos ambientais aqui no Brasil dão mais valor para os animais que para as pessoas. O agronegócio fica em segundo plano, mesmo sendo o salvador da balança de exportações, trazendo divisas para pagar a conta dos salários dos próprios funcionários dos órgãos ambientais. A miopia deles leva a pensar também que os produtores é que devem pagar a conta que nem eles gostariam de pagar. Como se o produtor já não pagasse muitas contas pela sociedade urbana.
Os javalis devem ser dizimados, não são de nossa fauna e causam enormes prejuízos. As onças e os lobinhos devem permanecer nas reservas e fora das reservas devem ser capturados e levados a um local de soltura. Investir nas áreas de conservação deveria ser prioridade.
Cães, sem dúvida, deveriam ser os mais fáceis de consenso. Ataques a vizinhos! Isso é possível? Que tipo de gente é essa que deixa cães caçando em outras propriedades. A posse consciente de animais de estimação deveria ser uma campanha permanente de políticas de saúde e o não cumprimento da legislação, deveria necessariamente levar ao recolhimento e extermínio de cães que estão nas ruas.
Alimentar os brasileiros e parte do mundo é papel da agricultura brasileira. Não há terras agricultáveis suficientes para produzir alimento no resto do mundo e se há, as condições climáticas são restritivas. Nós todos deveríamos ter consciência disso, até mesmo porque vendemos esses alimentos (commodities) e obtemos lucro com isso para a melhoria das condições de vida no Brasil. Pessoas que pensam somente em conservação são egoístas e míopes. Não que não devamos preservar, mas fazer um bom trabalho de fato nas Unidades de Conservação e aí orgulhosamente dizer que preservamos a fauna e a flora do Brasil”.
Equipe FarmPoint
Luciano Ferreira dos Santos
Mirante - Bahia - Consultoria/extensão rural
postado em 20/02/2014
Prezado José Alexandre Agiova da Costa, gostaria de parabenizá-lo por seu feliz comentário, principalmente em abordar duas questões tão importantes no que se diz respeito aos problemas enfrentados pelos produtores com a predação. Aqui em nossa região no Semiárido baiano, onde participamos de um projeto que visa consolidar a cadeia da caprinovinocultura, muitos vem abandonando a atividade por conta da ação de predadores (onça e cachorros), nesta peleja encontramos uma forma que vem minimizando esses ataques, mas ainda sim eles ocorrem em grande escala em muitas comunidades. Que bom se as autoridades competentes ouvissem as suas palavras e tentassem realmente uma solução para o grave problema, atentando sim para as questões ambientais, mas não como anjinhos que desem do céu em defesa dos animais e que tem que usar bastante protetor solar para ir as praias e sim como produtores que carregam as marcas do sol escaldante e da vida em seus rostos. Muito obrigado pelo seu comentário e que Deus nos ajude em nossa peleja.