No entanto, ele ressaltou que o bom desempenho não significa aumento de rentabilidade para o produtor; afinal, o aumento do preço dos insumos foi de 75% nos últimos 12 meses. "No cômputo do cálculo do PIB não estão incluídos esses aumentos de custo de produção que os produtores têm enfrentado", observou.
Outro fator que contribui para corroer a renda do produtor é a queda do dólar em relação ao real. "Vivemos um cenário internacional bom e os preços lá fora infelizmente não são repassados aos produtores", lembrou.
Cotta também defendeu o fim da cobrança de impostos sobre matérias-primas usadas na fabricação, principalmente, de fertilizantes. Em sua opinião, uma das taxas que precisam ser zeradas é o Adicional de Frete para a Renovação do Fundo da Marinha Mercante (ARFMM), que é de 25% sobre o frete de importação de longa distância.
Mesmo com os entraves, as exportações do agronegócio cresceram mais de 25% em relação ao ano passado, somando US$ 27,2 bilhões de janeiro a maio, 37,8% das exportações totais do Brasil. Mesmo com o crescimento de 40,4% das importações do agronegócio, o saldo comercial do setor chegou a US$ 22,6 bilhões, com aumento de 22,5%.
Os complexos da soja e das carnes continuam liderando as exportações do setor. O complexo carnes já acumula US$ 5,6 bilhões de janeiro a maio, o que representa um aumento de 30,8% em relação ao ano passado. Mas as restrições da União Européia continuam afetando as exportações de carne bovina, embora o aumento de 37,6% nos preços compense a queda de 19,8% no volume exportado.
As informações são da Agência CNA.
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