Segundo o levantamento, a fatia dos empregados em atividades agrícolas no total do pessoal ocupado foi reduzida de 16,7% para 15,3%. Essa redução do número de trabalhadores no setor rural vem sendo sentida por todos os segmentos e reflete a elevação dos custos com mão-de-obra e a dificuldade em encontrar e manter trabalhadores qualificados. Nesse contexto, o aumento da produtividade rural e da automação é uma necessidade e, ao mesmo tempo, conseqüência natural do processo.
A indústria teve retração semelhante: entre 2009 e 2011, o setor secundário perdeu 1,076 milhão de vagas - queda de 8% e que reflete o risco de desindustrialização que preocupa as lideranças deste setor, que passou a representar 13,5% contra 14,8% dois anos antes.
Já os serviços tiveram forte expansão nas vagas geradas. Foram 2,06 milhões a mais no mesmo período, elevação de 5%, fazendo com que o setor passasse a empregar 44,9% da população ocupada. Segundo analistas, os serviços sofrem menor competição dos produtos estrangeiros e mantém a economia aquecida.
Comércio e reparação também verificaram crescimento, gerando 302 mil vagas, aumento de 1,9% e manutenção da participação de 17,8%. Construção civil foi o segmento que mais cresceu em termos relativos: 13,6% de expansão, com 932 mil postos de trabalho e aumento de 7,5% para 8,4% de participação no total.
Gráfico 1. Quantidade de pessoas empregadas no setor rural em 2009 e 2011 (PNAD 2011)
As informações foram baseadas em matéria do jornal O Estado de São Paulo.
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