Melhoramento genético aliado à produção, qualidade e bons preços. Esta parece ser a receita ideal para que os produtores de caprinos do Paraná conquistem espaço no mercado de carnes nobres do Estado. Apesar de um rebanho ainda tímido - cerca de 170 mil cabeças - segundo informações da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), quem lida com caprinos está satisfeito com o retorno financeiro que o animal pode trazer, principalmente neste período de festas de final de ano.
Para 2011, a expectativa é que a cadeia produtiva de caprinos ganhe um impulso substancial. Um projeto da Seab iniciado há seis anos deve disponibilizar 37,5 mil doses de sêmen do animal para mil criadores de caprinos, além da doação de fêmeas e reprodutores PO para associações, municípios e colégios agrícolas.
''Estamos fazendo o levantamento das cidades que querem ingressar no programa, que deve atingir cerca de 60. Além da inseminação artificial, o projeto dará toda a assessoria para organização, comercialização e capacitação dos criadores, tudo visando uma melhoria de produção'', explica João Antonio Garcia Baena, coordenador do Programa de Apoio a Estruturação de Cadeias Produtivas de Ovinos e Caprinos.
A ideia é abrir um mercado para consumidores que buscam carnes de sabor diferenciado e mais caras, que não compete diretamente com os bovinos, suínos ou frango de corte. ''O que falta para entrar forte no mercado é um produto de qualidade. Temos que produzir um cabrito para ser abatido em no máximo 120 dias. Tanto o caprino quanto o ovino são carnes mais elaboradas, que não são consumidas no dia a dia, mas têm um mercado em potencial'', comenta Baena.
Programa deve inseminar 25 mil cabras
Com as 37,5 mil doses de sêmen disponibilizadas aos produtores, a ideia é inseminar por volta de 25 mil cabras no Paraná. O sudoeste é uma das regiões que estão bem avançadas para receber todo o suporte do Programa, como nas cidades de Dois Vizinhos, Chopinzinho, Francisco Beltrão e Pato Branco. A estação experimental do Iapar, onde estão alguns dos caprinos do projeto, está instalada em Pato Branco.
O sêmen é coletado em Jaboticabal (SP) por uma empresa que venceu a licitação. Todo o investimento do governo ficou em torno de R$ 250 mil. ''O sudoeste é prioridade porque já há uma tradição na comercialização de caprinos'', relata José Antonio Garcia Baena, coordenador do Programa.
O Programa trabalha em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-PR). ''Vamos capacitar profissionais de todas as regiões para que possam realizar o processo de inseminação. Existem pelo menos seis cooperativas no Estado que já produzem ovinos e caprinos com qualidade'', calcula Baena.
As matérias são de Victor Lopes, publicadas na Folha de Londrina (PR), resumidas e adaptadas pela Equipe FarmPoint.
Douglas Dario Siqueira da Silva
Ribeirão Claro - Paraná - Produção de ovinos e caprinos
postado em 20/12/2010
O trabalho que a secretaria de agricultura do estado do Parana é excelente é a grande oportunidade para pequenos e medios produtores estarem ligados a uma associação e/ou cooperativa para o bem da caprinocultura de corte do estado do Paraná, agora estamos esperando que as novas ações comtemplem tambem a caprinocultura leiteira