Para implementar as atividades do agronegócio e assegurar melhores ganhos aos produtores, um grupo de 21 cooperativas do Paraná está se unindo e formando um consórcio de cooperação mútua. Investimentos, pesquisas e desenvolvimento de novas técnicas agrícolas e de comercialização estão entre os objetivos comuns dessas cooperativas.
Esse movimento das cooperativas está em sintonia com as preocupações do governo, que diz que o agronegócio brasileiro é muito dependente de poucas empresas multinacionais, responsáveis tanto pelo fornecimento de insumos como pela compra e exportação dos grãos produzidos no país.
O consórcio, que terá o nome de Coonagro (Consórcio Nacional Cooperativo Agropecuário) e deve ser criado oficialmente neste mês, foi formado principalmente devido a forte aceleração dos preços dos fertilizantes, que tiveram alguns componentes dobrando de preço nos últimos 12 meses. Mas não irá se limitar apenas a fertilizantes e deverá coordenar e desenvolver métodos de aquisição, formulação, fabricação e comercialização de vários insumos agrícolas.
Para aumentar escala e diminuir custos, o Coonagro fará também mão dupla no comércio externo. Ao mesmo tempo em que exportará produtos de origem das cooperativas, fará importações diretas de defensivos agrícolas e outros insumos utilizados pelos produtores.
O consórcio vai atuar, ainda, em um dos pontos de estrangulamento do agronegócio, o de logística e de transportes. A operação conjugada do grupo deve facilitar as operações e reduzir custos nas movimentações internas e externas.
Um dos pontos fortes dessa união das cooperativas deve ser a busca de crédito para as operações financeiras, industriais e de comercialização do grupo, além do fornecimento de crédito aos produtores.
As 21 cooperativas que participam do consórcio são responsáveis por 60% do faturamento dessas entidades paranaenses. O faturamento total das cooperativas paranaenses deve atingir R$ 20 bilhões neste ano.
Após a forte aceleração dos preços, os insumos são os principais fatores de pressão no bolso dos produtores atualmente, representando 70% dos gastos totais com a lavoura. Entre as maiores pressões estão os fertilizantes, que representam 25% do custo total das lavouras de milho no Paraná.
As informações são de Mauro Zafalon para o jornal Folha de S. Paulo, resumidas e adaptadas pela equipe AgriPoint.
Ronaldo Souza Morais
Boa Esperança - Minas Gerais - Produção de café
postado em 10/09/2008
Boa noite,
Publicada ontem e ninguém comenta esta notícia de união de cooperativas em busca da identidade e da ordem no campo, buscando baixar custos de produção de nossos produtos, melhorar a eficiência do uso de fertilizantes e defensivos em geral, usos alternativos de fertilizantes de origem animal e vegetal, uso de produtos biológicos, etc e tal.
Continuaremos a produzir alimentos cada vez mais saudáveis, conservando nossos solos, nosso ecossistema. Parabéns às 21 cooperativas paranaenses, vocês vão mostrar ao mundo que podemos colocar defensivos e fertilizantes (atualmente vindos dos EUA, Canadá e Inglaterra, entre outros) na BM&F, igualmente foram colocadas nossas commodities café, milho, soja e trigo em US$, subsidiadas pelos seus governos.
Muito obrigado mesmo, que sirvam de exemplos para nossas cooperativas de cafe do sul de Minas.