De acordo com o presidente da entidade, Antônio de Paula, que é sócio de uma loja especializada em cordeiro na cidade, a venda da carne sem inspeção compromete a qualidade do produto. Segundo ele, no abate ilegal, o transporte é feito em veículo sem refrigeração e com animais doentes. "Quando o consumidor vai comprar a carne em alguma estabelecimento comercial, ele não consegue identificar qual é inspecionada e qual não é", diz.
Segundo Antônio de Paula, o quilo da carcaça de um animal inspecionado é vendido por R$ 14,50, já o produto clandestino é comprado pelo açougue ou supermercado por valor mais baixo, que varia entre R$ 9,50 e R$ 10,50. "Não há recolhimento de impostos e, apesar de comprar mais barato, os estabelecimentos não repassam o valor mais baixo para o consumidor", disse.
O chefe do núcleo regional da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento no Paraná (Seab), José João Vituri, acredita que o reduzido número de abatedouros autorizados na região (um localizado em Floraí, com inspeção estadual, e outro em Maringá, com fiscalização municipal) seja o principal responsável pelos abates ilegais.
A Vigilância Sanitária informou, via assessoria de imprensa, que não recebeu denúncia formal sobre a venda de carne de cordeiro sem inspeção. Segundo o órgão, "não existem problemas" e os fiscais "não acharam nenhuma irregularidade" até agora.
As informações são do Diário de Maringá, adaptadas pela Equipe FarmPoint.
Marcos Vinicius Grein
Balsas - Maranhão - Consultoria/extensão rural
postado em 08/09/2010
A informação deve ser verdadeira. Aqui no Maranhão praticamente inexiste o abate inspecionado de ovinos e a concorrência é desleal. É necessário a regularização de toda a cadeia produtiva para que possamos aumentar o consumo da carne de cordeiro com segurança alimentar.