Para tanto, o planejamento prevê o fornecimento de 1.160 matrizes comerciais e mais 58 reprodutores PO aos criadores. "A carne dos cordeiros abatidos por volta de 4 a 5 meses, irá se somar ao cardápio de cinco restaurantes populares e a merenda escolar das escolas municipais", informa. Para que o Programa confirme o significado da palavra Expansão, o objetivo é que o produtor aumente o número de matrizes, sempre respeitando os limites de lotação das propriedades. "Como contrapartida, durante os 8 anos que se seguirem o produtor irá devolver 20 fêmeas, que serão repassadas aos novos produtores que estarão ingressando no Programa", destaca o veterinário.
Haverá um rigoroso monitoramento através de índices zootécnicos e os produtores seguirão os procedimentos de manejo, conforme orientação da coordenação do Programa, que traz uma novidade, pois quer atender produtores que já estão na atividade e os que nunca trabalharam com ovinos. "Para que ocorra o rendimento esperado, já estão acontecendo cursos, palestras, dias de campo e outros treinamentos, com a finalidade de repassar as técnicas de manejo e, com isso, se obter o lucro esperado e também para que se estimule aos outros pecuaristas a entrarem na atividade", enfatiza Garcia, ao dizer que os cordeiros serão abatidos no Frigorífico Municipal, construído com verbas municipais, estaduais e federais, especializado neste tipo de procedimento.
Um dos pontos que mais chama a atenção no Programa é o fato de que o preço das refeições servidas nos restaurantes populares não passará dos R$ 1,50. "A população da região poderá comer carne de cordeiro de qualidade por um preço acessível", comemora Garcia.
O consumidor terá a garantia de qualidade dos cortes, pois o Programa contempla o rastreamento de toda a carne dos animais abatidos no frigorífico, onde poderá ser lido no rótulo da embalagem: o tipo do corte, qual a procedência, o nome do criador, localização da propriedade, a raça, a idade em que o animal foi abatido e assim por diante. Garcia lembra ainda que, "o Programa acontece também em parceria com sindicatos rurais, sociedade rural, universidades e órgãos públicos ligados ao setor". O veterinário compara a ovinocultura dos dias de hoje com a suinocultura de 30 ou 40 anos atrás e complementa dizendo que, "temos mercado e produtores, mas é preciso reforçar a união e o profissionalismo exigidos, para que todos os envolvidos na atividade obtenham êxito, e assim, a ovinocultura comece a somar no PIB agropecuário e mantenha o município de Toledo como líder Agropecuário do Paraná, como ocorreu em 2009".
A reportagem é da Assessoria de Imprensa da ARCO, adaptada pela Equipe FarmPoint.
Maria da Graça Melim Schwartz
Curitiba - Paraná - Consultoria/extensão rural
postado em 25/06/2010
Caro Alexandre,
Sou veterinária e trabalho somente com pequenos ruminantes (ovinos e caprinos) na região de Curitiba. Fico muito contente em saber que em Toledo está se iniciando este programa que abrange toda a cadeia produtiva, desde a produção orientada por técincos, abate e comercialização da carne. Isto está nos faltando em nossa região. Parabéns, desejo que este programa vá em frente e alcance seus objetivos.
Atenciosamente,
Maria da Graça