O preço do barril de petróleo subirá para US$ 50 no segundo trimestre e para US$ 76 até o quarto, afirma Justin Hyde, diretor do banco de investimento Barclays Capital, que administra as vendas de produtos referenciados em commodities na Ásia. Ele recomenda investir nos mercados de commodities. "Os investidores têm se mostrado nervosos com relação aos mercados de commodities, mas a realidade agora é que vivemos um período potencialmente muito bom para pensar em investir nessa área. Estamos começando a formar o limite mínimo de preços e atravessamos os últimos estágios da recessão", disse.
O petróleo caiu cerca de 70% ante o recorde de US$ 147,27 por barril alcançado em julho de 2008, com a queda do consumo gerada pela desaceleração da economia mundial, a pior já registrada desde a Grande Depressão, iniciada em 1929. A demanda por petróleo por parte da China, o segundo maior consumidor mundial do produto, deverá subir depois que o primeiro-ministro Wen Jiabao prometeu que o governo vai "aumentar significativamente" os investimentos para impulsionar a economia.
"O pacote de incentivo da China e o apoio à economia interna serão, de modo geral, um importante fator impulsionador a assegurar o início da estabilização dos preços das commodities num momento em que começamos a viver a recuperação da demanda", disse o diretor do Barclays Capital.
As perspectivas para o setor energético de economias emergentes, como a China, também tendem a ser sólidas nos próximos anos devido à enorme demanda futura potencial por petróleo e gás, disse o diretor do Barclays. Su Shulin, presidente do conselho administrativo da Sinopec, a maior refinaria petrolífera da China, disse que a demanda interna pelo combustível deu sinais de recuperação.
O governo chinês pretende usar sua reserva cambial de US$ 1,95 trilhão, a maior do mundo, para garantir os recursos minerais, disse no mês passado a CNPC, a maior produtora de petróleo do país. As empresas estatais chinesas foram orientadas a adquirir recursos minerais no exterior, neste período de queda dos preços das commodities, encabeçado pelos combustíveis e pelos metais industriais.
Com informações da Bloomberg e Folha de São Paulo.
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