Em termos nominais, sem considerar a atualização dos valores pela inflação, a alta nos preços das terras é de 18 por cento na comparação com o ano passado. O preço médio da terra no país está em cerca de 5 mil reais por hectare, segundo levantamento da consultoria.
"Queda nos preços das terras a gente ainda não viu", declarou Jacqueline Bierhals, analista da Informa Economics FNP, durante evento para divulgar uma publicação online com dados da agropecuária do Brasil.
Embora os preços da soja e do milho tenham caído no quarto trimestre das máximas registradas este ano na bolsa de Chicago, os valores das terras se mantiveram firmes, ainda seguindo os ganhos na maior parte de 2011.
Segundo a analista, também colaboraram para a alta nos preços das terras alguns fatos não diretamente relacionados à agricultura, como o desenvolvimento de projetos eólicos no Nordeste, além do projeto da ferrovia Leste-Oeste. A Informa avaliou que os preços das terras no Brasil ainda têm potencial de subir mais, apesar de uma tendência crescente nos últimos anos, assim que o governo esclarecer as regras sobre a posse do ativo por investidores estrangeiros.
"As terras se valorizam porque é um bem não reprodutivo, que tende a ser mais demandado, e a demanda tende a aumentar", disse José Vicente Ferraz, diretor técnico da Informa no Brasil, referindo-se à crescente necessidade do mundo por alimentos.
A consultoria acrescentou que, apesar da alta nos custos da terra, o Brasil ainda segue competitivo frente a outros países, já que o valor do ativo também tem subido em outras partes do mundo.
As informações são do Reuters, adaptadas pela Equipe AgriPoint.
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