SUASA - Em relação à sanidade agropecuária, a senadora Kátia Abreu solicitou ao ministro rapidez no processo de credenciamento dos Estados e Municípios junto ao Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (SISBI-POA), que integra o Sistema Unificado de Atenção a Sanidade Agropecuária (SUASA), do MAPA, com o propósito de conceder equivalência sanitária aos processos aprovados por esses entes federativos. “A equiparação é necessária para ampliar a comercialização dos produtos de origem animal, nas diversas escalas, garantido a inocuidade do alimento”, afirmou. Para os Estados e Municípios obterem a equivalência de seus serviços de inspeção é necessário comprovar que têm condições de avaliar a qualidade e a inocuidade dos produtos de origem animal com a mesma eficiência do Governo federal.
Tipificação de carcaças - A presidente da CNA também avaliou como fundamental a definição de critérios para a tipificação de carcaças bovinas. “A tipificação é uma forma de incentivar a inovação, garantindo preços mais atrativos para os pecuaristas que investiram num sistema diferenciado de criação”, afirmou. Ela sugeriu ao ministro Mendes Ribeiro que o MAPA crie um grupo de trabalho para discutir o tema, discussão que pode ter como base os modelos adotados pelo Uruguai e Austrália. Mendes Ribeiro informou que há interesse nessa discussão. Além do MAPA e da CNA, representantes da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), da Associação Brasileira da Indústria Exportadora de Carnes (Abiec) e da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo) devem integrar o grupo.
Plano de Safra - Sobre o Plano Agrícola e Pecuário (PAP) 2013/2014, a presidente da CNA apresentou ao ministro as principais reivindicações do setor agropecuário para o pacote de medidas, a ser anunciado até junho. Entre elas, o pedido para que o plano tenha regras de financiamento e valores das linhas de crédito para o período de 18 meses. “Ampliar o período do plano de safra de 12 para 18 meses é fundamental para permitir que os produtores rurais possam planejar melhor a atividade, inclusive, com a possibilidade de comprar antecipadamente, e por preços melhores, os insumos”, afirmou. Numa etapa posterior, a CNA solicita que o Governo federal elabore planos quinquenais para o setor.
Ainda sobre esse tema, outra reivindicação é para o que o prêmio do seguro rural fique com o produtor rural, permitindo a escolha da seguradora que oferecer as melhores condições para a contratação da apólice. “Hoje, o dinheiro vai direto para a seguradora e o produtor não tem a opção de escolher entre uma das seis operadoras que oferecem seguro rural”, explicou a presidente da CNA. Defendeu, ainda, a extensão do seguro rural para a garantia de preço, e não apenas para clima. “A renda da atividade também precisa estar garantida, assegurando o faturamento necessário ao crescimento da atividade”, afirmou.
Ano do Leite - A senadora Kátia Abreu também comunicou ao ministro que a CNA pretende definir 2013 como o “Ano do Leite”, período no qual terá início uma série de atividades cujo foco é ampliar a competitividade do setor no Brasil. “Produzimos leite de qualidade, mas o produto nacional não é competitivo. O preço no Brasil é o dobro do registrado em qualquer outro lugar”, afirmou. Medidas de qualificação e extensão rural estão entre as prioridades para 2013, especialmente para as médias propriedades leiteiras. Inicialmente, essas ações serão desenvolvidas no Rio Grande do Sul (que tem a maior média de produção do País, de 2.700 litros de leite), Santa Catarina, Paraná e Minas Gerais (maior produtor nacional). Para a presidente da CNA, é preciso melhorar a competitividade do setor lácteo para garantir excedentes exportáveis.
Exterior – A presidente da CNA e o ministro Mendes Ribeiro também conversaram sobre a necessidade de intensificação das ações de promoção comercial de produtos agropecuários do Brasil no exterior. “O Brasil pode produzir mais para atender à demanda externa, mas o incremento das vendas depende de uma política comercial que garanta a diversificação da pauta e a ampliação do comércio”, afirmou, ao lembrar que a CNA e o MAPA poderão ocupar dois assentos que estão vagos na Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil).
Nesse contexto, a senadora Kátia Abreu informou ao ministro que a CNA realizará, em abril, em São Paulo, um debate preparatório para outro grande seminário, que será realizado provavelmente em setembro deste ano, em Pequim, na China. A ideia é reunir, em São Paulo, representantes de 200 empresas ligadas ao agronegócio. “Os chineses querem conhecer mais fornecedores e por isso vamos preparar os empresários brasileiros para que eles cheguem a China preparados para realizar negócios”, afirmou. Além de ampliar o comércio, a proposta da CNA é atrair investimentos chineses para o Brasil, seja na área de produção ou de infraestrutura.
A matéria é da CNA, adaptada pela Equipe AgriPoint.
jose enock castroviejo vilela
Goiânia - Goiás - Produção de leite
postado em 23/02/2013
Pela primeira vez um presidente da CNA, leva com objetividade propostas para revitalizar o setor leiteiro no Brasil face a perspectiva de demanda nos paises asiaticos, lamentamos o pouco interesse do Governo de Goias em voltar a apoiar a pecuaria leiteira em Goias, pois, já fomos o 2º maior produtor de leite no Brasil.