Esta manifestação da presidente foi destaque em discurso durante a cerimônia de posse da Diretoria da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), que terá a senadora Kátia Abreu à frente da entidade pela terceira vez, com mandato até 2017. Em seu pronunciamento, Dilma Rousseff afirmou à senadora que “a parceria está apenas começando” e que as duas estarão “mais próximas do que nunca”. Disse, ainda, que há uma série de prioridades para resolver em seu segundo mandato, que contribuirão para o crescimento do setor agropecuário.
“Não faltarão condições nem recursos adequados para continuarmos expandindo a produção”, reiterou. Entre as questões prioritárias, a presidente citou o financiamento para médios produtores, a universalização do seguro agrícola, medidas para setores específicos, como café, cana-de-açúcar e laranja, entre outros, a modernização e inovação tecnológica, a expansão da produção de matérias-primas de fertilizantes, a ampliação da capacidade de armazenagem e o redesenho do mapa de escoamento da produção brasileira.
Sobre a questão da logística e da infraestrutura, Dilma Rousseff reafirmou a necessidade de melhorar as rodovias, mas de aumentar os investimentos em ferrovias e hidrovias. Neste contexto, uma das principais bandeiras será a implantação de canais de escoamento no Arco Norte, acima do Paralelo 16 Sul, dando ao Brasil uma capacidade de transporte “compatível com a produção”. Em relação aos fertilizantes, a presidenta ressaltou a necessidade de se reduzir a dependência dos insumos importados.
Quanto ao seguro rural, comprometeu-se a trabalhar de forma “sistemática e determinada” para sua universalização. Dilma Rousseff também fez vários elogios à senadora pela sua capacidade de trabalho, definindo-a como uma liderança de convicções firmes e uma “lutadora incansável por um segmento muito importante para o país”. E definiu sua presença na solenidade como um tributo à senadora e à CNA, que representam “um Brasil bem sucedido no agronegócio”.
A presidente destacou a evolução da produção ao longo dos anos, sem causar danos ao meio ambiente e abrir novas áreas. Lembrou que a área plantada no Brasil cresceu apenas 44% desde a safra 2001/2002, passando de uma colheita de 96,8 milhões no período para mais de 200 milhões de toneladas na safra 2014/2015, em 58 milhões de hectares. Desta forma, ressaltou que o país está dando a melhor resposta ao desafio de alimentar o mundo sem destruir o meio ambiente.
“Por meio do aumento da produtividade, estamos mostrando que é possível plantar, colher exportar e gerar riquezas sem abrir mão da proteção e da preservação do meio ambiente”. Este êxito, segundo a presidente, deve-se em parte ao trabalho de instituições de pesquisa como a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), às universidades e àqueles que defendem a agropecuária “em todas as esferas”.
Neste contexto, ela salientou que a bandeira da produtividade e da preservação ambiental “está na mão de todos”: produtores, trabalhadores rurais, ambientalistas, também o governo que “não pode discriminar quem gera alimentos e divisas para um Brasil comprometido com a segurança alimentar do seu povo”. E creditou à ação da CNA avanços como o aumento do crédito para o médio produtor, investimentos na pecuária de corte e agricultura de baixo carbono, além de ações voltadas para a assistência técnica e extensão rural, entre as quais a criação da Agência Nacional de Assistência Técnica e extensão Rural (Anater).
As informações são da Assessoria de Comunicação CNA.
JANAINA PAULA DO CARMO
Patrocínio - Minas Gerais - Consultoria/extensão rural
postado em 16/12/2014
querer acreditar nessa parceria eu ate queria, mas no cenário atual do mercado eu acho muito dificil a situação proposta acontecer