A soja é o principal produto agropecuário do Estado e, como tal, tem influência maior na formação do PIB. Mas a estiagem prejudicou também as culturas do arroz, fumo e milho, entre outras. Somada, a projeção de perdas agrícolas passa a R$ 6 bilhões. Mas não é só. Considerando o que a safra movimenta nos serviços e na indústria, o impacto estimado é de R$ 23,7 bilhões.
No Nordeste, o desempenho da soja também fui ruim. No Cerrado do Piauí, a produção de soja caiu mais de 10%, por causa da seca. Para compensar a queda na produtividade, o preço da saca de 60 quilos da soja subiu também em torno de 10%, de R$ 42 para R$ 45, em consequência da alta no preço dos alimentos.
O preço do milho caiu, e os produtores armazenaram a colheita, esperando a escassez fazer o preço do milho subir. No Centro-Oeste do País a situação é diferente, segundo grandes produtores de grãos de São Paulo, Paraná e Mato Grosso. A previsão é de aumento na área de plantio, principalmente da soja. No norte do Paraná e na região dos Campos Gerais paranaenses, o cenário atual é positivo e a expectativa é de mais plantio, segundo o superintendente da Capal Cooperativa Agroindustrial, Adilson Roberto Fuga.
Para o empresário rural Alexandre Maia, da agropecuária Agromaia, no sudoeste paulista, não se vê no campo nada que lembre essa retração. Ele conta que a empresa já comprou cerca de 1 milhão de hectares do grão apenas na área atendida pela unidade de Taquarivaí. "Os preços da soja nunca estiveram tão bons e as perspectivas são ainda melhores", diz. O superintendente do Instituto Mato-grossense de Economia Aplicada, Otávio Celidônio, diz que a queda do PIB do trimestre reflete situações adversas, como a seca no Sul e no Nordeste.
As informações são do jornal O Estado de S.Paulo, adaptadas pela Equipe AgriPoint.
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