Na América do Sul, os programas de recuperação patrocinados pelo Governo para a indústria ovina na Argentina e no Uruguai estão levando a um segundo ano de forte crescimento. Como a produção nos países desenvolvidos caiu de forma constante na última década, os países em desenvolvimento aumentaram sua participação na produção global de 65% para cerca de 75% em 2006.
No entanto, os países desenvolvidos deverão aumentar sua produção em 2006, devido à persistente seca em alguns países, expansão dos rebanhos ovinos, aumento nos abates e melhoria na produtividade. Já na União Européia (UE), a produção de carne ovina deverá declinar, já que os estoques animais ainda não se recuperaram para os níveis de antes da crise de febre aftosa, de 2001.
Já o comércio mundial de carne ovina deverá aumentar somente 4% neste ano - menos que os ganhos de 9% registrados em 2005 - totalizando 811,5 mil toneladas. É esperado um crescimento limitado em importantes mercados de importação na América do Norte e na Ásia. A maior disponibilidade nos Estados Unidos como resultado de programas de suporte ao setor ovino deverá reduzir a demanda de importação neste mercado. Isso será compensado, entretanto, pelo aumento na demanda no México e países da Europa, do Oriente Médio e de alguns mercados da África, à medida que cai a demanda por carne de aves.
A oferta adequada na Oceania, fornecedora de quase 90% dos carregamentos globais, facilitará o aumento nas exportações globais, com mais produtos também sendo fornecidos pela China e pelo Uruguai.
A reportagem é da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (Food and Agriculture Organization - FAO).
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