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Produção ovina tem boas previsões no Uruguai

postado em 29/06/2012

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O futuro do setor ovino é promissor, especialmente para os pequenos produtores que têm margem para crescer sob o apoio dos subsídios estatais, segundo a Central Laneira Uruguaia (CLU). "O setor ovino possui um teto que está muito longe do lugar que atualmente ocupa", estimou o presidente da CLU, Eduardo Pietra, que considerou que "para chegar a esse teto, é necessário reforçar a base produtiva do setor". O dirigente recordou que, nesse aspecto, "os produtores familiares, que possuem uma pequena escala, são ideais para desenvolver essa prática".

Ele disse que a ovelha permitiria aos pequenos produtores uma grande alternativa para melhorar suas margens de lucros, já que hoje, a ovinocultura é uma das atividades do setor rural que deixa melhores margens econômicas.

O setor industrial, que hoje possui uma capacidade para absorver carne e lã sensivelmente superior ao que o Uruguai produz, é outro ponto forte do setor, assim como o acesso comercial que tem para exportar a diferentes mercados do mundo. Entre esses destinos, estão os de maior exigência e que, portanto, pagam preços mais altos. "O Uruguai é o segundo exportar de lã cardada do mundo e o terceiro exportador de carne ovina".

"Em termos gerais, as coisas estão sendo muito favoráveis para o setor ovino, mesmo que nos últimos meses tenha havido uma queda no valor de todas as matérias-primas, do petróleo para baixo, incluindo, obviamente, também a lã e a carne ovina. De todas as formas, os preços seguem sendo, ainda que menores que nos momentos anteriores, superiores aos históricos".

"As coisas vão se recuperar, sem dúvida. O maior problema é que a Europa vive uma crise que não é somente econômica, mas sim, também política. Isso se deve ao fato de a União Europeia (UE) estar integrada por um grande número de países com políticas diferentes, o que dificulta tomar medidas conjuntas para sair da crise que está atravessando".

Embora o maior comprador de lã, tanto do Uruguai como a nível mundial, seja a China, a situação da UE é um termômetro do que ocorre. Isso se dá porque muito do que a China adquire como matéria-prima logo é enviado à Europa na forma de roupas de lã. Para Pietra, a importância do desenvolvimento do setor ovino para impulsionar os produtores rurais familiares também é compartilhada pelo Governo, que recentemente anunciou a outorga de subsídios de até US$ 8.000 para planos que impulsionem a ovinocultura.

O Uruguai conta com um rebanho, segundo dados de 2011, de 7.471.316 de cabeças ovinas, mas há anos, o país tinha mais de 20 milhões de cabeças, com um perfil muito mais laneiro do que o de hoje, onde a carne ovina vem ganhando muito terreno na última década.

Com o fortalecimento dos preços internacionais da carne, a ovelha deixou de estar relegada nos campos para tomar posicionamento muito mais ativo dentro dos estabelecimentos. Todavia, há muito teto para crescer e o que é mais importante, existe tecnologia suficiente validada para poder elevar a produção.

A reportagem é do El País Digital, traduzida e adaptada pela Equipe FarmPoint.

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