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Produtores de Goiás apontam prioridades

postado em 13/09/2007

3 comentários
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Em seminário realizado em Simolândia (GO) nos dias 8 e 9 de setembro, para debater os rumos do projeto de ovinocaprinocultura na região Reserva da Biosfera Goyaz, foram programadas ações de capacitação e inserção de produtos no mercado para os próximos dois meses.

O evento também reforçou a importância do associativismo como forma de fortalecer a atividade. Mais de 60 criadores dos de municípios envolvidos no projeto estiveram presentes.
 
A maior necessidade apontada por eles foi a capacitação técnica e gerencial, com a realização de "dias de campo" e cursos de gerenciamento de produção e de mercado. Cada uma das sugestões foi registrada pelos organizadores e todas serão transformadas em ações do projeto.

E para reforçar a inserção dos derivados no mercado, os criadores apontaram soluções como cursos de culinária com pratos feitos a partir de ovinos e caprinos e festivais para divulgação. "Temos que tentar introduzir no cardápio essa alimentação que é pura e saudável; nosso produto é bom", assegurou o produtor de ovinos de Mambaí, José Cirino.

Associativismo

Promover associativismo entre esses novos criadores para fortalecer a ovinocaprinocultura na região foi outra missão do seminário. "O associativismo é o único caminho para o pequeno produtor chegar a algum lugar", definiu o gerente de agronegócios do Sebrae em Goiás, Wanderson Portugal.

Trabalhando juntos, eles podem aumentar o volume de produção, baixar os custos e conseguir boas condições de comercialização. "Produzir é fácil, mas é preciso vender", lembrou o técnico da Agência Rural, Damásio Kenedy.
 
"Se formarmos a associação será muito melhor. Ao invés de sermos um, seremos muitos", entusiasmou-se Romildo Batista, produtor de ovinos em Simolândia.
 
Pela dificuldade de ganhar o mercado, os produtores também apontaram ações nesse sentido. "Temos muita produção para o público local e pouca para mandar para fora", explicou Damásio.
 
As informações são de Lorranne Tavares, da Agência Sebrae de Notícias.

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Comentários

Walter Celani Junior

Uberaba - Minas Gerais - Consultoria/extensão rural
postado em 13/09/2007

As observações contidas na matéria acima são comuns a todos os locais que produzem ovinos no Brasil. Sempre o grande gargalo é a comercialização dos produtos terminados. Porém, algumas experiências nos permitem fazer algumas recomendações.

Constituir uma associação sempre é de bom tom desde que antes de mais nada haja um ponto de comercialização que possa absorver toda a produção da região, como por exemplo um frigorifico que comercializa seus proprios produtos, inclusive com a exportação pra outras cidades ou estados.

No que diz respeito ao comércio interno, ou seja, dentro do centro produtor, o que falta na maior parte do pais é a cultura de consumo da carne ovina. Isso envolve uma série de detalhes a serem estudados.

Ainda ocorre o fato da comercialização correta para que se estabeleça o costume desse consumo por parte da população altamente consumidora de produtos bovinos, suínos, etc; como por exmplo o fornecimento de carne de cordeiro e não de carneiro.

Podemos lembrar ainda da possível instalação de um centro de terminação de cordeiros, o que seguramente facilitaria a comercialização desses produtos.

Há muitas coisas a serem comentadas e discutidas a cerca desse assunto. Estamos à disposição para participar.

Um abraço
Walter Celani Junior
Zootecnista - Assistência Técnica em Ovinocultura Prefeitura Municipal de Uberaba

Laudir Nilson Zils

Maripá - Paraná - Revenda de produtos agropecuários
postado em 20/09/2007

Os problemas enfrentados pelos produtores de Goiás são como uma velha história dos pequenos produtores de grãos da região oeste do Paraná, que após muito diálogo fundaram uma cooperativa, que hoje é o maior orgulho da região (cito C. VALE).

Sabemos das dificuldades de iniciarmos um novo negócio, e desta forma podemos ver a comercialização dos produtos derivados de caprinos e ovinos que são de pouco conhecimento do paladar brasileiro e a apreciação dos materiais derivados como couro e lã são pouco reconhecidos.

Para tanto, uma cadeia produtiva deve ser montada dando seqüência, não só produzir mas também agregar valor ao produto industrializando e levando ao consumidor.

Atender ao mercado interno é fundamental, mas a busca por consumidores de fora deve ser feita sempre, afinal estamos falando de carne nobre, se não dão valor aqui vamos procurar quem valoriza, só quem produz sabe como é triste entregar a produção por preços baixos, que muitas vezes não cobrem os custos.

Devemos pensar assim dos nossos produtos dar valor a eles, o cooperativismo é o caminho mais sólido para essas atitudes, só não somos fortes o suficiente só assim chegamos ao sucesso.

André Luis Rocha

Goiânia - Goiás - Consultoria/extensão rural
postado em 25/09/2007

Gostaria de dar os parabéns aos produtores de Simolândia pela iniciativa. Sou Médico veterinário responsável pelo projeto de ovinocultura da fazenda Pau Brasil, no município de Jussára GO, onde já contamos com 1.500 animais e planejamento para mais 5.000.

Como no início é tudo mais complicado e após muita "peleja" e adaptação, fomos obrigados a procurar em saidas inovadoras a fuga deste que é o maior gargalo de quem está no início de produção, o abate e a comercialização.

Vamos trocar idéias a respeito da ovinocultura em nosso estado !

Abraços
André Rocha

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