O evento também reforçou a importância do associativismo como forma de fortalecer a atividade. Mais de 60 criadores dos de municípios envolvidos no projeto estiveram presentes.
A maior necessidade apontada por eles foi a capacitação técnica e gerencial, com a realização de "dias de campo" e cursos de gerenciamento de produção e de mercado. Cada uma das sugestões foi registrada pelos organizadores e todas serão transformadas em ações do projeto.
E para reforçar a inserção dos derivados no mercado, os criadores apontaram soluções como cursos de culinária com pratos feitos a partir de ovinos e caprinos e festivais para divulgação. "Temos que tentar introduzir no cardápio essa alimentação que é pura e saudável; nosso produto é bom", assegurou o produtor de ovinos de Mambaí, José Cirino.
Associativismo
Promover associativismo entre esses novos criadores para fortalecer a ovinocaprinocultura na região foi outra missão do seminário. "O associativismo é o único caminho para o pequeno produtor chegar a algum lugar", definiu o gerente de agronegócios do Sebrae em Goiás, Wanderson Portugal.
Trabalhando juntos, eles podem aumentar o volume de produção, baixar os custos e conseguir boas condições de comercialização. "Produzir é fácil, mas é preciso vender", lembrou o técnico da Agência Rural, Damásio Kenedy.
"Se formarmos a associação será muito melhor. Ao invés de sermos um, seremos muitos", entusiasmou-se Romildo Batista, produtor de ovinos em Simolândia.
Pela dificuldade de ganhar o mercado, os produtores também apontaram ações nesse sentido. "Temos muita produção para o público local e pouca para mandar para fora", explicou Damásio.
As informações são de Lorranne Tavares, da Agência Sebrae de Notícias.
Walter Celani Junior
Uberaba - Minas Gerais - Consultoria/extensão rural
postado em 13/09/2007
As observações contidas na matéria acima são comuns a todos os locais que produzem ovinos no Brasil. Sempre o grande gargalo é a comercialização dos produtos terminados. Porém, algumas experiências nos permitem fazer algumas recomendações.
Constituir uma associação sempre é de bom tom desde que antes de mais nada haja um ponto de comercialização que possa absorver toda a produção da região, como por exemplo um frigorifico que comercializa seus proprios produtos, inclusive com a exportação pra outras cidades ou estados.
No que diz respeito ao comércio interno, ou seja, dentro do centro produtor, o que falta na maior parte do pais é a cultura de consumo da carne ovina. Isso envolve uma série de detalhes a serem estudados.
Ainda ocorre o fato da comercialização correta para que se estabeleça o costume desse consumo por parte da população altamente consumidora de produtos bovinos, suínos, etc; como por exmplo o fornecimento de carne de cordeiro e não de carneiro.
Podemos lembrar ainda da possível instalação de um centro de terminação de cordeiros, o que seguramente facilitaria a comercialização desses produtos.
Há muitas coisas a serem comentadas e discutidas a cerca desse assunto. Estamos à disposição para participar.
Um abraço
Walter Celani Junior
Zootecnista - Assistência Técnica em Ovinocultura Prefeitura Municipal de Uberaba