Conforme o presidente da cooperativa gaúcha de lã Tejupá, Carlos Cleber Dias Leal, o estoque está praticamente nulo porque a demanda aumentou. Países expoentes no segmento, como a Austrália e Uruguai, investem em lãs superfinas para atender a tendência de uso de lãs em confecções leves para o verão e até em roupas íntimas. "São ocupações que o produto não tinha antes", apontou.
Com isso, os produtores gaúchos que trabalham com lãs finas estão obtendo preços até 100% acima do registrado em 2007. A produção de ovinos com lã cruza também está ganhando espaço no mercado, uma vez que há redução da oferta desse tipo de produto.
Segundo reportagem de Ronan Dannenberg, do jornal gaúcho Zero Hora, em comparação à safra do ano anterior, o preço médio da lã geral para exportação subiu de US$ 1,80 para US$ 2,20 o quilo. Produtos mais finos, como os da raça Merino, chegam a US$ 5,50 o quilo, enquanto ovinos da raça Corriedale, de lã cruza, tem preço médio de US$ 2 o quilo.
Apesar do mercado promissor, a safra de lã deste ano deve ser menor do que em 2007, reduzindo de 11,5 mil para 10,5 mil toneladas, prejudicada pelo inverno rigoroso e pela falta de investimentos no segmento.
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