Em sua apresentação, Facó falou brevemente sobre a ovinocultura no Nordeste e fez uma retrospectiva das ações do Programa de Melhoramento Genético da raça Morada Nova, que vem sendo conduzido de forma participativa com os produtores do município. O pesquisador falou dos vários desafios para a implantação do trabalho, como o pequeno rebanho e procedimentos importantes na rotina de manejo dos animais que não eram feitos.
Desde o início, buscou-se a participação dos criadores em todas as etapas do Programa, desde a definição dos objetivos que se desejava alcançar até os critérios de seleção. “Eles decidiram que queriam melhorar o ganho de peso dos animais, melhorar a estrutura da carcaça e demonstraram também uma preocupação em preservar o padrão racial dos animais”, explicou Facó. Como existem conflitos entre o padrão racial e as características de desempenho, a equipe de pesquisa resolveu estudar essas características, uma vez que o descarte de animais que não obedecem esse padrão tem impactos no ganho genético do rebanho.
Entre os principais resultados alcançados pelo Programa até agora, o pesquisador destacou o processo contínuo de mobilização e organização dos criadores, a revitalização da Associação Brasileira de Criadores de Ovinos da Raça Morada Nova (ABMOVA), a lei estadual que instituiu a raça como patrimônio estadual, além da troca de experiências, valorização do conhecimento local e a geração e disponibilização de conhecimentos.
As informações são da Embrapa Caprinos e Ovinos, adaptadas pela Equipe FarmPoint.
Leonardo de Rago Nery Alves
Belo Horizonte - Minas Gerais - Pesquisa/ensino
postado em 25/11/2013
Parabenizo a EMBRAPA e a equipe farmpoint pelo artigo.
Fui estagiário em 2005/2006 da EMBRAPA Caprinos, e do pesquisador Olivardo Facó; e pude acompanhar esse trabalho com ovinos da raça Morada Nova, desde o começo, através de uma simples revisão bibliográfica abordando a mesma.
É muito satisfatório para o estudante ter o imenso prazer de trabalhar com uma equipe tão qualificada (Dr. Raimundo Lobo; Dr. Olivardo Facó e Dra. Luciana Vilella) e ver a continuidade e evolução de um trabalho tão bonito, que envolve um recurso genético nacional de extrema importância.
Sou sempre grato!
Cordialmente;
Leonardo de Rago N. Alves