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Projeto do IMA investe na inovação para melhoria da defesa agropecuária

postado em 10/02/2014

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Aprimorar a missão de cuidar da defesa sanitária (vegetal e animal), inspecionar e fiscalizar produtos e, assim, colaborar para os cuidados com a saúde e o meio ambiente. Este é um contínuo objetivo do IMA (Instituto Mineiro de Agropecuária), autarquia ligada à Seapa (Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais), que assume, entre outras atribuições, a missão de executar as políticas públicas de produção, saúde, educação, além de responder pela certificação de produtos agropecuários no Estado.

Trabalhar com as diretrizes e normas fixadas pelos governos estadual e federal e verificar, nas mais diversas regiões de Minas Gerais, as condições e adequação de estabelecimentos e propriedades rurais, são algumas das tarefas que exigem bastante das equipes da instituição. Pensando justamenteem ampliar as ações em nome da defesa agropecuária no campo, o Instituto desenvolve, desde 2012, o Projeto Inova IMA.

"O projeto possui como macro objetivo o aperfeiçoamento da gestão e execução de nossas atividades finalísticas, ditas de campo, utilizando-se para tal a melhoria dos processos operacionais e sua subsequente informatização", explica o gerente do projeto, Bruno Rocha de Melo. "Este projeto promove uma nova alavancagem na busca pela excelência operacional, contribuindo para que o corpo gestor e técnico usufrua de metodologias e tecnologias até então inexistentes em nosso setor", completa.

A origem

Coordenado pelo IMA, o projeto foi viabilizado a partir de um termo de cooperação técnica firmado com a Sectes (Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior de Minas Gerais) e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig). A Fapemig, inclusive, é quem financia a ação.

Para a construção do projeto, traçou-se uma diretriz inicial, com o plano de aprofundar o entendimento da instituição sobre as suas atividades de campo. Para tanto, foi realizado um mapeamento detalhado de todos os processos operacionais existentes. "Obtivemos um diagnóstico surpreendente, que indicou uma complexidade até então inimaginável em nosso trabalho", aponta o gerente.

Nesta fase, a equipe identificou 138 fluxos operacionais, que indicavam o preenchimento de 175 formulários de campo. Além disso, todos os processos listados tinham como apoio um referencial normativo com cerca de 330 instrumentos legais e administrativos, estaduais e federais, que englobam leis, decretos, portarias, instruções normativas, resoluções, entre outras diretrizes.

Diante desse quadro, a nova etapa foi pensada já com vistas ao desenvolvimento de uma nova lógica operacional, com a informatização em dispositivos móveis. Uma maneira de contribuir, por exemplo, "para a redução do tempo de sua execução e otimização do gasto de recursos públicos", esclarece Melo.

No momento, o primeiro módulo do sistema informatizado - Gestão de Veículos e Serviços - encontra-se em fase de implantação. A partir de um sistema que envolve uma aplicação web e outras para dispositivos móveis, toda a programação mensal de atividades poderá ser feita de forma eletrônica, já prevendo definições importantes, como quem é a equipe executora, onde será realizada a atividade, em que período, que veículo será utilizado, entre outros dados.

Como observa o gerente do projeto, tais possibilidades de informações também vão conferir um grande salto na transparência das ações realizadas pelo IMA. "A transparência é fundamental na Defesa Agropecuária, visto que mercados importadores de produtos agropecuários mineiros promovem, constantemente, auditorias em nosso serviço. Os resultados destas auditorias, inclusive, são determinantes para a abertura ou fechamento destes mercados aos nossos produtos", sinaliza.

Desafios

"O IMA possui hoje um corpo técnico altamente qualificado com crescente número de mestres e doutores em diversas áreas. Entretanto, as disciplinas que compõe a Defesa Agropecuária ainda não fazem parte dos currículos dos cursos de Medicina Veterinária e Agronomia, e baseiam-se em um ambiente normativo altamente dinâmico, e como já dito, muito complexo", explica Bruno de Melo Rocha.

Justamente para cobrir a lacuna no acesso à informação, o projeto Inova IMA prevê duas iniciativas para apoiar os fiscais: "Acesso a uma biblioteca de e-books" e "Ajuda campo a campo". O primeiro faz com que cada nova publicação, seja de uma lei ou manual técnico, se transforme em informação para consulta a qualquer tempo nos tablets dos servidores. Já o outro é uma forma de auxílio no preenchimento de um formulário eletrônico. "Esta ajuda retornará ao fiscal orientações quanto ao significado de termos utilizados, vínculos legais, medidas a serem tomadas, tudo direcionado especificamente àquela etapa de fiscalização", explica.

Atualmente, está em andamento um trabalho de revisão e adequação dos formulários, para se chegar a uma versão definitiva para o meio eletrônico. "Prevemos que todos os processos administrativos desencadeados a partir destas ações irão, em um futuro próximo, tramitar eletronicamente por todas as instâncias da instituição", conclui Bruno.

Expectativa

A equipe do escritório seccional de Perdões, no Centro-Oeste de Minas Gerais, vive a ansiedade da implantação das novas ferramentas. "O advento desta tecnologia vem agilizar o trabalho em campo e reduzir a burocracia. Com a implantação desse novo conceito, poderemos ter maior segurança em cada ação executada. O nosso trabalho terá maior credibilidade, segurança na execução, além de ter a padronização das ações por todo o território mineiro", destaca o chefe do escritório, Denis Lucio Cardoso.

Os profissionais da região não só vislumbram um novo modelo de trabalho, mas também um impacto positivo na solução e agilidade das demandas executadas. "Toda mudança que projeta-nos para frente deve ser encarada com otimismo", enfatiza. "Ficamos muito felizes com esse novo conceito e, ao mesmo tempo, muito orgulhosos por contribuirmos para essa grande mudança, um divisor de águas na defesa sanitária", finaliza Cardoso.

Assim como no setor privado, pontua o gerente do projeto Inova IMA, Bruno de Melo Rocha, a gestão da inovação deve ser encarada como uma obrigação, para assegurar a melhoria dos serviços prestados à sociedade. "O core business [atividade central do negócio] do IMA encontra-se em suas quase 250 unidades administrativas, na realização de nossas atividades de campo. É nestas atividades e, especialmente, nas pessoas que as executam, que temos que direcionar esforços na inovação, seja na facilitação de procedimentos ou implantação de novas tecnologias, este deve ser um alvo principal de nosso trabalho", afirma.

Até julho deste ano [2014], 812 tablets e impressoras térmicas serão distribuídos nas unidades descentralizadas, com treinamento e capacitação dos profissionais para a utilização dos materiais. "Este trabalho tem sido feito pela coordenação do projeto com viagens às Coordenadorias Regionais do IMA, onde são feitas reuniões de apresentação da metodologia do projeto, suas ferramentas e entrega de todo o material. Atualmente já foram visitadas 11 das 20 Coordenadorias Regionais do IMA", conclui o gerente.

Com previsão de implantação até o fim de 2014, o Projeto Inova IMA, no entanto, não tem data para ser encerrado. Isto porque será uma estratégia contínua da instituição para estabelecer o permanente aperfeiçoamento das atividades desenvolvidas, em prol do fortalecimento das ações do campo em todo o território mineiro.

Equipamentos na prática

Entenda como alguns dos recursos vão interferir na rotina dos profissionais do IMA:

- Com os tablets e os formulários eletrônicos, será possível otimizar e simplificar a ação dos fiscais. Os dados estruturados que serão reunidos servirão, inclusive, para futuras análises estatísticas;

- Além da impressão dos formulários criados no tablet, as impressoras térmicas também vão permitir, de forma segura, a autenticação de usuários e assinatura eletrônica de documentos; 

As informações são do IMA.

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