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Proposta com novos índices de produtividade está pronta

postado em 28/05/2007

5 comentários
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A proposta de atualização dos índices agrícolas, que determinam se uma área pode ser ou não desapropriada, já está pronta, mas o governo federal ainda não decidiu quando entrará em vigor. A medida é pleiteada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), entidade organizadora do movimento Grito da Terra.

Diretores da Contag foram recebidos na semana passada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, no Palácio do Planalto. Eles esperavam o anúncio da atualização dos índices, que ainda são da década de 80.

Para o presidente da Contag, Manoel dos Santos, Lula já deveria ter anunciado a revisão. "Achamos que o presidente já precisava ter apresentado agora. Está com prego batido, ponta virada, resolvido. Está com o compromisso de ser realizado, mas não foi respondido agora".

Por outro lado, o governo anunciou medidas para atender os pedidos dos trabalhadores: R$ 12 bilhões para o plano safra da agricultura familiar deste ano; redução dos juros cobrados nos financiamentos do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf); R$ 200 milhões para assistência técnica e aquisição de alimentos dos pequenos produtores e assentamentos de 120 mil famílias até o final do ano, informou reportagem de Carolina Pimentel, da Agência Brasil.

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Comentários

Julio Forster de Freitas Lima

Santiago - Rio Grande do Sul - Produção de gado de corte
postado em 29/05/2007

Esse índices deveriam ser amplamente divulgados e debatidos antes de ser anunciados como medida de governo. Índices de enquadramento com fins de desapropriação é coisa séria, não deveriam estar numa caixinha de surpresas, a não ser que a intenção seja de penalizar as propriedades produtivas.

Outra coisa é que os índices devem valer para todos, inclusive para as áreas de assentamentos feitas pelo governo, com recursos públicos, que devem ser um exemplo de produtividade para a sociedade, porque afinal, são financiados por ela.

Luciano Andrade Gouveia Vilela

Araguatins - Tocantins - Produção de gado de corte
postado em 30/05/2007

Concordo com tudo que disse o Julio Forster, mas já estou tão cansado da burocracia do país, falta de representatividade do setor rural entre outras enjoeiras de ESTADO que me leva a ter a seguinte opinião: o Brasil está se comportando como o país de dois pesos e duas medidas.

Esses índices são só MAIS uma ferramenta do ESTADO para infernizar a vida do cidadão. Se o estado cismar com a tua fazenda colega, ela pode ter os melhores índices que eles vão nas relações de trabalho e podem até te acusar de trabalho escravo.

Ou então, se não tiver reserva, falam que não cumprem a função social. Caso as tenha, podem questionar se são averbadas, se não são, consideram a produtividade pela área total e sua fazenda mesmo com floresta é considerada sem floresta, portanto improdutiva; se são averbadas áreas para recuperação florestal alegam que as florestas só existem no papel.

Então não tem jeito, devemos exigir regras claras e que sejam cumpridas para todos os brasileiros amigos do rei ou não, que é o caso de fiscalizar as produtividades dos assentamentos já em funcionamento assim como a dos proprietários tradicionais.

O melhor termômetro de produtividade quem dita não é o estado, é o mercado. Quem não tem um sistema equilibrado de produtividade e custos não se mantém, nem precisa do ESTADO para acabar de afundar o que já está ruim.

Ulisses Rodrigues da Cunha Guimarães

Goiânia - Goiás - Produção de gado de corte
postado em 01/06/2007

Esse Estado em que vivemos é simplesmente ridículo! Só aqui perto onde trabalho, na região de Marabá PA existem vários exemplos de absurdos de desperdício de dinheiro público onde todos os projetos de assentamentos são fracassados.

Quando os assentados não terminam vendendo suas terras esses assentamentos se transformam em verdadeiros redutos de bandidagem. Por outro lado, pecuaristas que desbravaram os sertões em tempos difíceis e que hoje lutam contra todos os empecilhos a que são impostos para produzir ainda sofre com a falta de transparência, muito menos apoio por parte do governo. Isso é uma vergonha!

José Roberto Pires Weber

Dom Pedrito - Rio Grande do Sul - Produção de gado de corte
postado em 01/06/2007

Apoio integralmente a opinião externada pelo meu amigo Júlio Freitas Lima que deve representar a posição do produtor rural brasileiro.

João Batista Ferreira Gomes Neto

Fortaleza - Ceará - Produção de leite
postado em 06/06/2007

Concordo plenamente com o que foi dito por todos acima.

É claro que o mercado é quem diz se uma propriedade é produtiva ou não. Se não for, ninguém sustenta a propriedade.

Gostaria de ver como seriam sustentados os assentamentos sem os nossos recursos sendo drenados e desperdiçados pelos assentados.

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