As propostas divulgadas pelo jornal britânico envolvem justamente os dois pontos críticos que estão travando o acordo. De acordo com o jornal, a União Européia aceitaria reduzir em 54% suas tarifas de importação de bens agrícolas, exatamente a porcentagem reivindicada pelo G20, o grupo de países em desenvolvimento liderado por Brasil e Índia e que luta para abrir os mercados agrícolas do mundo rico.
Além disso, EUA estariam dispostos a reduzir para US$ 17 bilhões o teto dos subsídios a seus agricultores, o nível mais baixo até agora mencionado nas negociações. Esta medida iria de encontro às reivindicações da aliança formada por Brasil, Argentina, Austrália, Canadá, Uruguai, Guatemala e os 27 países da União Européia (UE) contra a proposta inicial dos EUA de estabelecer um teto de US$ 22,5 bilhões por ano para seus subsídios.
O ministro afirma que, mesmo se estas propostas forem realmente verdadeiras, não necessariamente serão suficientes para se chegar a um acordo. "Ainda há muitas perguntas no caminho", diz ele, por exemplo, "como será a disciplina para a redução dos subsídios? Haverá um teto por produto ou um teto global?"
O ministro conta que tem conversado freqüentemente com todos os atores principais da negociação. Nessas conversas, surgiram, sim, alguns números, mas sempre parciais, nunca globais como os do "Financial Times".
Amorim também participa, no dia 25, de uma espécie de reunião miniministerial da OMC, à margem do encontro anual 2007 do Fórum Econômico Mundial, em Davos. Será a chance para conferir se as propostas que estão sendo supostas ou realmente debatidas entre UE e EUA serão postas à mesa de negociação.
As informações são do jornal Folha de São Paulo.
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