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Qual é a imagem da carne ovina hoje no mercado?

postado em 05/11/2010

10 comentários
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Para atender nichos de mercado, um produto deve ser lançado estrategicamente. Algumas mudanças estão ocorrendo no estilo de vida dos consumidores e isto deve ser levado em conta. O produto deve ter qualidade, precisa adequar-se à conveniência do consumidor e deve apresentar facilidade de compra e preparo.

A qualidade, por exemplo, é hoje um fator cada vez mais determinante na procura por um produto, podendo ser definida como um conjunto de características e atributos que garantem a segurança de quem o consome. O consumidor escolhe o produto baseado na sua experiência anterior com o modo de preparar e com o grau de satisfação na refeição e para ele, a decisão de voltar a comprar no mesmo ponto de venda, ou o mesmo tipo de carne, vai depender de terem sido satisfeitas suas expectativas iniciais.

Devido às entraves do sistema agroindustrial da ovinocultura e a ausência de uma indústria forte no Brasil, a carne ovina oferecida normalmente não apresenta padronização. Grandes redes de supermercados já possuem uma maior variedade de produtos (queijos, hambúrguer, espetinhos), porém, muitos estabelecimentos nunca venderam essas mercadorias.

FarmPoint pergunta aos leitores: qual é a imagem da carne ovina hoje para o mercado consumidor? Opine deixando o seu comentário no box abaixo:

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Comentários

Julio Erasmo Reich

Querência - Mato Grosso - Produtor de ovinos
postado em 05/11/2010

Olha, eu acredito que os consumidores enxergam a carne ovina como um produto especial, um produto que deve ser consumido em datas especias e que hoje ainda encontra-se muito caro no mercado brasileiro. Para isso mudar, precisamos de incentivos governamentais e outros, precisamos de uma indústria mais forte e produtos padronizados em todo o Brasil. O consumidor, como o próprio texto diz, que segurança naquilo que consome, e com o abate informal, muitos ainda não degustaram um produto de qualidade.

Jonas Rodrigues

Dourado - Mato Grosso do Sul - Trader
postado em 05/11/2010

Acho que os consumidores, quando conhecem a carne ovina, conhecem de um churrasquinho entre os amigos (que resolveram comprar algo diferente, ficaram curiosos) ou em rodízios de churrascaria que hoje é muito comum. Em SP, há vários restaurantes que servem pratos com carne ovina, porém, muito caros e para nichos de mercado selecionados. No mercado, venho percebend um aumento no nº de produtos de ovinos e caprinos, algumas marcas diferentes e produtos tbm, isso tbm com leite de cabra (queijos, próprio leite, etc). O consumidor quer coisas novas, isso é fato, e produtos de ovinos e caprinos, por tbm serem muito saborosos, se encaixam bem neste quesito.

RICARDO JOSÉ DE ALMEIDA SILVA

Sinop - Mato Grosso - Produção de ovinos
postado em 05/11/2010

Eu acredito que esta havendo uma mudança no habito dos consumidor brasileiro, principalmente o da "Dona de casa", que esta cada vez mais exigente.
A carne ovina esta deixando de ser consumida apenas em datas especiais, e passando a ser consumida em ocasiões diferentes. Mas temos um gigantesco problema para ser resolvido e tem que ser o mais urgente possível. Só no Brasil acontece essas coisas:
Pagamos taxa, imposto, tributo de tudo.
Para eu comercializar os cordeiros interestadual , paga-se 12% de ICMS sobre o valor dofrete, 12% sobre a pauta de cada animal, GTA, CESA. Este é um protesto, pois estou indignado com esses tributos cobrados, que não vemos na real, onde são empregados. Para mim ter uma boa qualidade de saúde, tenho que pagar um plano de saúde; Numa carga com 220 cordeiros eu pago mais de R$10.000,00 só de tributos. E ainda querem que esta atividade cresça, mas com? Fica ai a minha pergunta e meu protesto.

LUIZ CARLOS NUNES DOS SANTOS

Salvador - Bahia - Produção de ovinos
postado em 05/11/2010

Em virtude da falta de profissionalismo, principalmente nos critérios que afetam o sabor da carne (Pastagens, idade de abate, modo de criação, etc), ainda existe um forte estigma que a carne exala cheiro, principalmente numa faixa de renda. Falta padronização em todas as etapas. Porém em restaurantes de nível a aceitação é alta.

Quirino de Freitas

Fernandópolis - São Paulo - Produção de ovinos
postado em 06/11/2010

O consumidor hoje reconhece muito mais a carne ovinas e outros produtos comparado à antigamente. Só que levanto uma questão? Será que um dia o consumidor brasileiro poderá aumentar o consumo por essa carne? Tudo é possível, isso é fato, a carne de peru por exemplo só era consumida no Natal e hoje, muitas pessos trocaram o presunto por peito de peru. Teríamos que´pensar numa forma de aumentar o consumo do pessoal e talvez, fazer a integração da atividade.

Lutero de Andrade Oliveira

Piripiri - Piauí - Produção de ovinos
postado em 08/11/2010

Em virtude da falta de profissionais, tanto técnico como produtores principalmente nos critérios que afetam o manejo sanitário, nutricional e reprodutivo. critérios estes que influem diretamente o sabor da carne (Pastagens, idade de abate, modo de criação, etc), ainda existe um forte estigma que a carne de carneiro exala um odor desagradável, e isto pode ser verdade principalmente de carcaças de origem desconhecida e faixa de idade avançada ao abate, além da falta de padronização em todas as etapas. Porém existe nos restaurantes uma demanda muito grande e o nível de aceitação é alta pelos clientes. Formando um nicho de mercado para técnicos e produtores. E para atender estes nichos de mercado, o produto deve ser lançado estrategicamente com algumas mudanças como a padronização das carcaças para atender supermercados e consumidores. Para isso ocorrer, precisa de incentivos governamentais e de uma indústria mais forte e produtos padronizados em todo o Brasil. O consumidor, quer segurança naquilo que consome, e com o abate informal, nunca é garantido dair muitos ainda não degustaram um produto de qualidade que é a carne de cordeiro ou de um cabrito. e a ovinocaprinocultura fica como um péndulo de relógio o produtor não investe mais por falta de frigorífico para o abate de seu produto e os prováveis investidores não o fazem os frigoríficos por não ter um produto padronizado e constante para atender toda a sua demanda.

José Ap:dos santos

Limeira - São Paulo - Indústria de insumos para a produção
postado em 08/11/2010

Atualmente a carne de ovinos está sendo mais difundida popularmente, viajo muito em torno de 250 km da região de Limeira e é muito comum em vários restaurantes ou churrascarias que paramos para comer ser oferecido a carne de ovinos. O que noto é que a qualidade desta carne tem muita variação, pode ser no modo de preparar, na nutrição, genética, idade e etc.
A quatro anos atrás fizemos pesquisas cientificas em universidade com rações em ovinos onde os resultados foram muitos bons e somente de dois anos para cá que colhemos alguns resultados. Técnicamente precisa haver uma evolução em todas as áreas para termos produto com qualidade que agrade todas as classes com preços competitivos. Abs, Zeca Santos, Tec Desenv Processos

João Alberto Haag Luiz

Santa Maria - Rio Grande do Sul - Produção de ovinos de lã
postado em 08/11/2010

Como qualquer outra carne vermelha, a carne ovina é um produto nobre. Só uma parcela(com maior poder aquisitivo) da população pode consumí-la. Este consumidor está cada vez mais exigente. Portanto a carne tem que ter qualidades como origem, apresentação,maciez e cortes especiais de animais jovens. Não podemos enviar a esse mercdo carne de ovelhas velhas ou capões (machos adultos castrados).

Maurílio Cabral

São José dos Campos - São Paulo - Produção de ovinos
postado em 09/11/2010

É um pouco difícil, mas não impossível, convercer alguém a experimentar a carne de cordeiro simplesmente pela falta de costume. Tem-se que considerar também o desconhecimento do preparo dos diferentes cortes pelas donas de casa modernas. Não é a mesma coisa que fritar um bife bovino e é por isso que só pensam em comer cordeiro nas festas e pensam sempre no pernil. O consumo não tem nada a ver com o preço, raça do animal ou manejo desde que quem produza saiba o que está produzindo e quem compra saiba o que está comprando. Os descastes devem ser consumidos de outras formas. Estão batendo muito na mesma tecla. Agora, quem pode experimentar em um restaurante especializado tem de pagar os custos. As churrascarias populares provavelmente, nem sempre servem cordeiros. Para competir com o boi, o frango, o porco que já estão estabelecidos as associações de criadores outros interessados se houver, devem investir mais em propaganda. Se considerarmos que a criação é para pequenas propriedades o jeito seria simplificar e não complicar mais a atividade. Uma ajuda para esses pequenos produtores seria uma ação social. Quem já está bem estabelecido não precisa do governo para manter um negócio lucrativo.

Neuza Salete Ongaratto

Jacupiranga - São Paulo - Produção de gado de corte
postado em 22/11/2010

Meu comentário será como consumidora da carne ovina, pessoalmente é carne mais saborosa, é minha primeira da lista em preferência, no entanto não a consumo todos os dias. Como tb não é possivel, a qualquer pessoa, todos os dias consumir só carme de boi, aves, suinos ou peixe. Tem outro fator, não é frequente a disponibilidade da carne ovina, e cortes atrativos, no mercado. Acho que, para propagandear a carne não está dificil, além dos comentários já descritos, tem outro fator que poderá ser util, a criação da espécie poderá provocar menos impacto ambiental,?, por ser de menor tamanho, peso, ciclo de produção bem mais curto, pequenas áreas de terra poderá viabilizar uma criação, etc etc. Não acho que o preço provoque essa seletividade de consumidores. acho que é costume e disponibilidade.

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