A produção australiana declinou 10% em 2008/09 e deverá cair 8% em 2009/10. As tendências na produção australiana direcionam a produção global pois o país é o maior produtor de vestimentas de lã do mundo, com uma participação de 46%. No entanto, Viljoen acredita que o forte declínio na produção é um sinal positivo para os produtores, visto que baixas ofertas aumentarão os preços.
Ela destaca que só a oferta não melhorará os preços da lã, pois esse fator também é dependente da demanda. "As condições de demanda varejista continuam difíceis, o que significa que os pedidos na indústria têxtil de lã estão baixos. Até a economia mundial melhorar, os produtores podem esperar decréscimos nos preços em curto prazo."
O gerente regional do sul da New England Wool, Andrew Raeber, também está preocupado com o que ele descreve como um "colapso no mercado de lã superfina" após um declínio na demanda dos principais clientes, como a Itália. "Como os italianos não estão comprando, a lã especializada está indo para a China, que está satisfeita por ficar com ela, mas esta não paga o preço premium".
A China tem aumentado sua participação no mercado de lã da África do Sul e da Austrália. O país agora importa quase 50% da lã sul-africana (calculado em valor), comparado com 33% no período correspondente da estação passada, e importa 80% do valor total das exportações de lã da Austrália.
A reportagem é do Farmersweekly.co.za, traduzida e adaptada pela Equipe FarmPoint.
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