O Ministério da Agricultura já firmou o protocolo correspondente para iniciar o processo de envio de produtos pecuários de Magallanes, como confirmou o ministro, Luis Mayol. O secretário de Agricultura de Magallanes, Manuel Bitsch, destacou a importância que o mercado chinês tem para o país, garantindo que se “abre uma janela tremendamente significativa” para a indústria. Ele disse que essa abertura à China permitirá usar os estoques dos anos anteriores e começar um novo abate de forma fluida, esperando também uma pronta recuperação do mercado europeu, prioritário para a pecuária ovina.
Bitsch indicou que uma das principais vantagens de exportação de produtos ovinos à China é que podem enviar o animal de forma completa, em comparação com a Europa, onde devem enviar em partes. No entanto, a quantidade produzida em Magallanes é muito reduzida em comparação com outros países, como Nova Zelândia (principal exportador mundial) ou Austrália. “Nós temos um volume aproximado de 600 mil cabeças que são abatidas na região, que não é muito dentro do espectro mundial, mas é importante para nós. Evidentemente, nossas expectativas serão aumentar nossos volumes de produção e, por meio de todos os órgãos e o próprio ministério, trabalharmos para apoiar projetos, programas e assistência tecnológica”.
Ele disse que embora a China seja um forte produtor de carne ovina, também é o principal consumidor desse produto a nível mundial. Nesse sentido, o gerente do Consórcio Ovino, Juan García, comentou que o desafio para essa indústria pecuária é diferenciar o produto que o Chile oferecerá ao mercado oriental no futuro para entrar no circuito das commodities ou matérias-primas.
“Não nos incomoda o volume de produção de um gigante como a Nova Zelândia, mas o desafio para nós é como nos diferenciar dos ‘monstruosos’ mercados. Se somos eficientes em conquistar o mercado chinês, sem dúvida essa será uma grande janela por onde escoará a produção ovina”.
O acordo de importação pecuária ovina à China implica algumas exigências, entre elas, a proibição do envio de embriões ou animais vivos, devido ao temor da “Scrapie”, doença neurodegenerativa para as espécies ovinas e caprinas, que pode provocar a morte.
Com esse novo passo para a indústria pecuária local, o Chile e em especial a Região de Magallanes, permitirá ajudar a suprir a forte demanda do produto em terras orientais.
A reportagem é do http://elpinguino.com, traduzida e adaptada pela Equipe FarmPoint.
Envie seu comentário: