Segundo estimativas da CNA e Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), os insumos para a agricultura cresceram 2,79% em maio, enquanto os insumos pecuários atingiram taxa de 1,75% no período, acumulando taxas de 12,4% e 7,58% no ano. Em maio, o preço real dos fertilizantes estava 56,29% mais alto do que em maio do ano passado, enquanto o volume de produção expandiu 3,48%. No caso das rações, o crescimento do preço real foi de 17,9%, em maio, comparado a maio de 2007, enquanto o volume produzido registrava alta de 8,34%. "O aumento nos preços das rações está sendo puxado principalmente pelo custo do fosfato bicálcico pelas mesmas razões dos fertilizantes fosfatados. Precisamos promover maior concorrência no fornecimento deste insumo com ampliação das importações.", disse Ricardo Cotta.
O aumento do volume de produção agrícola e os preços pecuários sustentam o crescimento do PIB da produção primária. A agricultura acumula, no ano, crescimento de 9,90% em conseqüência, basicamente, da expansão do volume produzido de 8,30%. O segmento primário da pecuária cresceu 5,63% no acumulado dos cinco primeiros meses do ano. Leite e carne bovina se destacam no segmento em conseqüência da expansão dos preços. Carne suína e ovos seguem com preços firmes.
A agroindústria vegetal foi a principal responsável pelo modesto desempenho do segmento industrial da agropecuária este ano. Caiu de 0,44%, em abril, para 0,24%, em maio. Entre as 10 indústrias que compõem o segmento, apenas a indústria de óleos vegetais, outros alimentos, elementos químicos e café apresentaram taxas positivas de crescimento no mês. Também considerado modesto, o crescimento da indústria de processamento animal soma 2,75% no ano. A retração na oferta de boi gordo contribui para limitação. Lideram o segmento a indústria de laticínios, com 5,42%.
A expansão da produção, especialmente da safra de grãos, e o aumento nos preços mantêm as projeções de faturamento bruto do setor agropecuário, que poderá atingir R$ 288,6 bilhões, em 2008, com aumento de 28,9% em relação ao desempenho do ano passado, de R$ 223,8 bilhões. "Este faturamento primário não capta o aumento nos custos, o que prejudica a maior ambição de crescimento produtivo para a próxima safra", explica Ricardo Cotta.
As informações são da Assessoria de Comunicação da CNA, resumidas e adaptadas pela equipe AgriPoint.
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