Na ocasião, o pesquisador da Embrapa apresentou diversos processos tecnológicos de fabricação de queijo e outros produtos derivados do leite de cabra, tanto de origem nacional como de outros países. Ainda foram discutidas metodologias para identificar fraude no leite de cabra por meio da adição do leite de vaca. Isso permitirá levar produtos de excelente qualidade ao mercado e aos consumidores.
Segundo Antônio S. do Egito, algumas pesquisas já comprovam que a Paraíba tem um grande potencial para produção de queijos específicos da região e podem impulsionar um novo mercado desses produtos no Estado. Estudos realizados em alguns queijos do Nordeste possibilitaram identificar neles bactérias probióticas, ou seja, micro-organismos vivos que quando ingeridos exercem benefícios à saúde. Essas bactérias foram usadas na produção de queijos na Paraíba. Porém, o queijo apresentou características distintas e bons resultados, devido à qualidade do leite como também do clima da região.
“O leite é um excelente elemento, porque tem a função de nutrir, mas também pode melhorar a saúde. Através de análise foi possível identificar alguns benefícios do leite, como, por exemplo, atividade anti-hipertensiva, antimicrobiana e calmante. Ainda vimos que é possível fabricar bebidas lácteas com leite de cabra utilizando gomas ricas em fibra.”, relata Egito.
De acordo com diretor técnico da Emepa, Wandrick Hauss de Sousa, nos últimos 10 anos a Empresa vem aperfeiçoando técnicas para aproveitamento do leite de cabra, não só na fabricação de queijo como também de outros produtos lácteos. “Tivemos então a ideia de convidar a Embrapa, que tem uma grande atividade nessa área, para fazer parte de estratégias de processamento e comercialização, para que a Paraíba também desponte como maior produtor de leite e de queijo de cabra de qualidade”.
O evento contou com a participação de produtores, representante de associações, cooperativas e do Sebrae, pesquisadores de instituições ligadas à área de caprinocultura e professores da Universidade Federal da Paraíba.
O presidente da Emepa, Manoel Duré, destaca que essa parceria chega em boa hora, pois permite que os produtores utilizem o excedente do leite, que não é comercializados nos programas governamentais. “A ideia é criar oportunidade para que o produtor agregue valor ao produto e não fique apenas na dependência de programas do Governo. Com isso a Paraíba desenvolverá uma indústria de queijos e derivados como é comum nos países produtores de leite de cabra”.
As informações são da Emepa.
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