Nas principais cooperativas de beneficiamento de leite de cabra na região Oeste, principal produtora do alimento, não há registros de produção dos derivados. As experiências exitosas ainda são isoladas, realizadas, em sua maioria, por produtores independentes, que fabricam molho, rapaduras e queijo.
"Infelizmente não há um interesse por parte dos criadores em investir na produção de derivados. Temos um vasto mercado a ser explorado, mas ainda há muita dependência dos criadores e cooperativas aos programas governamentais. Mas o Sebrae possui capacitações, relacionadas às boas práticas e legislação, direcionadas a quem se propõe produzir", informa Vamberto Torres.
Empresário do setor de laticínios, Alex Duarte, reconhece a abertura do mercado para a produção dos derivados de leite. Mas, ao mesmo tempo, aponta a necessidade de altos investimentos e a falta de incentivo governamental como principais entraves à produção. "Condições favoráveis em termos de quantidade de leite disponível no mercado não faltam. Até já tentamos produzir queijos com leite de cabra, mas é preciso um grande investimento em equipamentos. Outra coisa é que precisamos de incentivo por parte do Governo e incentivo também para elevar a demanda de consumidores", opina.
Com a falta de aproveitamento do leite para fins comerciais voltados para a produção dos derivados, o destino de praticamente 100% dos pouco mais de 10 mil litros de leite produzidos por dia é comercializado junto ao Governo do Estado. Posteriormente, o alimento é distribuído em escolas da rede estadual de ensino. Também é destinado a pessoas que possuem tolerância ao consumo do leite bovino.
As informações são da Agência SEBRAE de Notícias do Rio Grande do Norte, adaptadas pela Equipe FarmPoint.
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