Os criadores que fazem parte da Associação dos Pequenos Agropecuaristas do Sertão de Angicos (Apasa) estiveram na Assembléia Legislativa para pedir apoio dos deputados estaduais nas reivindicações. Eles se reuniram com o deputado José Adécio que solicitou alguns documentos para que possa fazer um pronunciamento sobre o assunto nos próximos dias.
Apesar de ser criador na região de Macaíba, Luís Carlos Correia, também faz parte da Apasa e participou do encontro. Segundo ele, a cota do governo já foi, em outras gestões, de 7,5 mil litros de leite diários mas vem sendo reduzida ao longo dos anos. Correia explica que o problema ocorre porque o rebanho caprino se desenvolve rapidamente e a cota de 4.585 litros que o governo se propõem a comprar já foi ultrapassada.
Há cerca de 150 produtores nas imediações de Angicos que produzem, aproximadamente, 5,3 mil litros de leite por dia. A região é uma das mais pobres do estado e os criadores têm no Programa do Leite a principal meio de escoar a produção já que o mercado de leite de cabra é muito reduzido. Como a Associação - responsável pelo repasse à Secretaria Estadual de Ação Social (Sethas), que coordena o Programa - não tem condição de comercializar o leite entregue pelos produtores, a entidade começou a limitar a compra do produto. Por isso, os produtores não têm o que fazer com 20% que sobra. "Uma parte usa para alimentação dos filhotes. Mas não temos muitas opções".
As informações são do jornal Tribuna do Norte/RN, adaptadas pela equipe FarmPoint.
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