Lamy afirmou ter percebido "uma disposição política, sobretudo da Índia e dos EUA (considerados os principais responsáveis pelo fracasso das negociações em julho)", para salvar a Rodada Doha. "Isso não significa que vai ser fácil", advertiu. "Não sou pessimista nem otimista. Sempre disse que essas são duas doenças que não posso me permitir contrair."
Já o chanceler brasileiro, Celso Amorim, disse que um acordo nas negociações da Rodada de Doha na próxima semana é possível, mas é difícil de ser atingido. "Nós achamos que é possível chegar a um acordo. Sabemos que é difícil. Não há fórmula mágica."
O ministro brasileiro afirmou que as condições para as negociações estão melhores do que no momento em que fracassaram, pois os países não estavam bem preparados para abordar o assunto da salvaguarda em julho e os negociadores estavam exaustos depois de dias de conversas ininterruptas.
A principal razão para o fracasso das negociações em julho foi a grande discordância entre os EUA e a Índia sobre os termos de um mecanismo de salvaguarda que poderia evitar uma inundação de produtos importados em países pobres.
As informações são do jornal Folha de SP, resumidas e adaptadas pela equipe AgriPoint.
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