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RS: abigeato cresce e apresenta risco para a ovinocultura

postado em 02/04/2013

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A ovinocultura, uma das maiores riquezas da região da Campanha – Livramento, Alegrete, Uruguaiana, São Gabriel, Rosário do Sul, Quaraí e outros municípios – poderá sucumbir diante do aumento do roubo de ovelhas, principalmente destinadas para abatedouros clandestinos. A informação é do presidente do Sindicato Rural de São Gabriel, Tarso Teixeira, que exige mais rigor na fiscalização dos abates por parte das prefeituras e maior atuação das forças estaduais de segurança. “A ovinocultura está correndo risco de extinção na região por conta do abigeato, podendo sobreviver apenas para consumo interno, mas não como atividade econômica, o que causará enormes prejuízos à toda a cadeia produtiva gaúcha”, assinalou.

No ano de 2012, foram registradas 6.945 ocorrências policiais de abigeato, culminando com um número expressivo de animais furtados, assim distribuídos: 12.090 bovinos; 6.133 ovinos; 781 suínos; 1.576 equinos; 4.038 outros animais, totalizando 24.618 cabeças de animais furtados.

Em localidades mais distantes no município de Livramento, onde há estâncias com até 7 mil ovinos, as patrulhas da Brigada Militar passam uma ou duas vezes por mês, quando passam. Os ladrões, com caminhões ou camionetas, cortam as cercas e simplesmente tocam os animais para dentro dos veículos. Alguns usam a criatividade de “pescar” ovelhas. Atiram uma linha, com gancho na ponta, e puxam o animal até a cerca. Como são áreas de grande extensão, quase desertas, eles têm tempo à vontade para sua “pescaria”.

Os roubos causam prejuízos de R$ 1 bilhão/ano aos gaúchos, segundo Teixeira, além dos problemas de saúde para a população que consome carne sem fiscalização. O assunto foi discutido, no fim de março, em Alegrete, por iniciativa do deputado Frederico Antunes (PP), mas nenhuma decisão concreta foi acertada.

A matéria é do Blog do Danilo Ucha, publicada no Jornal do Comércio, adaptada pela Equipe FarmPoint.  

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