"Cheguei a perder 98 animais em um ano, um prejuízo de cerca de R$ 40 mil que não voltou a acontecer depois que decidi trazer os ovinos para próximo da sede da propriedade." Soares, que também é diretor administrativo da Associação Brasileira dos Criadores de Ovinos (Arco), diz que a prática de abigeato, tanto entre ovinos como em bovinos, pode ser considerada como uma praga que se dissemina por vários municípios do Estado. "Todo o Rio Grande do Sul sofre com esse problema, que além de prejuízo traz cada vez mais insegurança para o campo e desestimula os produtores, especialmente de ovinos", reclama.
Conforme dados divulgados pela Delegacia de Polícia Bagé, até maio deste ano foram roubadas 361 cabeças de gado no município, outras 393 em Dom Pedrito, 319 em São Gabriel e 144 em Aceguá, número contabilizado até junho.
No caso dos ovinos, a preocupação é ainda maior em função da facilidade com que os animais são furtados: em alguns casos são levados até de bicicleta. "O produtor investe em genética, manejo para depois ver seu patrimônio aviltado", diz Soares.
Conforme dados da Farsul, a prática mais utilizada pelas quadrilhas é a de abater o animal a tiros nas proximidades da propriedade e carnear ali mesmo, em precárias condições de higiene. Dali, a carne é levada para as cidades e, muitas vezes, chega a ser comercializada em locais clandestinos.
Outra infração muito comum é a falsificação das Guias de Trânsito Animal. Também ocorrem casos de abate de um ou dois animais para matar a fome, além da retirada de exemplares para serem carneados em outro ponto e o roubo de diversas cabeças de gado em pé, transportados de caminhão para abatedouros clandestinos. Outra prática que tem assustado é a da abordagem pessoal, com agressões.
As informações são do Jornal do Comércio/RS.
sérgio souto
Rosário do Sul - Rio Grande do Sul - Produção de gado de corte
postado em 28/07/2008
Em Rosário do Sul a situação não é diferente, em relação ao abigeato. Cada distrito tem uma rotina típica do roubo, tanto de bovinos quanto de ovinos. As técnicas utilizadas sao semelhantes.
Raramente os abigeatários são capturados, e, quando os são, saem mais rápido da delegacia que o proprietário vítima do furto. Vivemos em uma ditadura de leis, em nome de uma pseudodemocracia, onde é punido aquele que cotidianamente tenta proteger seu patrimônio, e tem nestas leis uma arma de sentido inverso.