Jaguarão, município localizado na fronteira com o Uruguai, se destaca pela técnica diferenciada, que transforma fios de lã ovina em peças de vestuário e utilidades através da técnica de crochê. Este processo artesanal, bastante antigo, foi resgatado pela equipe da Emater/RS-Ascar, que incentivou as artesãs mais idosas a transmitirem a técnica às novas gerações. Hoje, as peças rendem constantemente prêmios para a cidade.
A participação em feiras e exposição é uma importante forma de levar o trabalho para fora das fronteiras locais. É o caso de Pinheiro Machado onde, artesãs apresentaram e comercializaram, em 2009, seus trabalhos no Congresso Mundial da Lã, em Canela, na Expointer, em Esteio, e na Fenovinos, em Pelotas.
Na avaliação da extensionista de Arroio Grande, Denise Camacho, a grande transição na região foi o fato de o artesanato ter deixado de ser "uma forma de lazer para se constituir em um importante gerador de renda". Um exemplo bem sucedido desta mudança está na formação de um grupo de cerca de 50 artesãos da zona rural, periferia urbana e colônia de pescadores da região da Costa Doce.
Com o apoio do projeto Artesanato do Mar de Dentro, ação impulsionada por instituições como o Sebrae/RS e Emater/RS-Ascar, o grupo deu origem à linha Ladrilã, na qual são produzidas com lã ovina peças de decoração inspiradas nos ladrilhos hidráulicos pelotenses. A produção ganhou visibilidade e se espalhou pelo país por meio da comercialização em grandes redes de lojas.
A reportagem é da Emater/RS, adaptada pela Equipe FarmPoint.
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