Segundo o delegado e secretário executivo do Programa de Segurança Pública com Cidadania do RS, Carlos Santana, a eficácia depende também da construção de dois grupos. Um deles será responsável por ministrar curso regional e padrão direcionado à capacitação de fiscais. O outro, porém, fará o mapeamento cartográfico e o georreferenciamento de todas as estradas vicinais do Estado.
A Secretaria de Agricultura, por exemplo, tem 80% das propriedades rurais georreferenciadas, mas não as vias de acesso a elas. "Para ser ter uma ideia, existe um caminho, por estradas alternativas, por onde é possível ir do Chuí até São Borja, na Fronteira Oeste, sem cruzar por nenhuma BR ou ERS, facilitando os abates clandestinos e as fugas, inclusive, para o Uruguai", informou Santana.
O assessor técnico da Seapa e membro do comitê estadual, Edegar Franco, avalia que depois da assinatura do decreto 50.313, em maio deste ano, pelo governador Tarso Genro, criando o comitê, as reuniões que aconteceram até agora permitiram a realização, de forma estratégica, da operação ocorrida na última quinta-feira.
No mesmo dia, destacou Franco, ele recebeu ligação de municípios do Noroeste do Estado solicitando ações semelhantes por lá. "Isso mostra o quanto o trabalho integrado dá certo. Pensar estrategicamente, com conhecimento do que acontece nos vários órgãos de atuação". Para qualificar o trabalho, a Seapa, segundo ele, mobilizará as supervisões regionais.
Também participam do grupo as polícias Federal, Rodoviária Federal, a Receita Federal, prefeituras, sindicatos rurais, Federação da Agricultura do RS (Farsul); dos Trabalhadores na Agricultura do RS (Fetag); das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs) e Ministério da Agricultura (Mapa). Paralelo à criação do comitê regional, o tema também foi discutido em audiência pública, na tarde desta sexta, na Câmara de Vereadores.
A matéria é do Governo do Estado do Rio Grande do Sul, adaptada pela Equipe FarmPoint.
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