O período é de implantação e desenvolvimento das pastagens perenes e anuais de ciclo de verão, como milheto, sorgo forrageiro, Capim Sudão e Tifton. Em alguns municípios produtores houve atraso no plantio das pastagens devido ao excesso de chuvas. Na maioria dos municípios, como na região de Bagé e Fronteira Oeste, estas pastagens ainda não estão em condições que permitam o pastoreio. Pastagens perenes instaladas, como o Tifton 85, e lavouras de milho destinadas à silagem apresentam boa oferta de alimentos para os rebanhos.
As condições corporais dos bovinos de corte são boas nas diversas regiões produtoras do Estado. O ganho de peso dos animais é favorecido desenvolvimento dos campos naturais e das pastagens cultivadas. Com o aumento da temperatura e umidade, aumenta a incidência de endo e ectoparasitas, como carrapatos e verminoses, exigindo controle. Os rebanhos de cria seguem em reprodução e aleitamento dos bezerros, assim como segue a comercialização de gado gordo, com tendência de elevar a oferta. Com as altas temperaturas em alguns períodos do dia acentua-se um problema que permanece em muitas propriedades de atividade leiteira. Falta sombra para os rebanhos nas horas mais quentes do dia, diminuindo o tempo de pastoreio dos mesmos e aumentando o estresse dos animais.
A produção de leite nas diversas bacias leiteiras do RS continua em evolução, com aumento do número de animais e melhoria na genética. O milho para silagem apresenta grande volume de massa verde, faltando alguns dias para completar seu ciclo. A produção de silagem quanto ao volume está assegurada, porém sua qualidade depende do clima das próximas semanas, com ocorrência de chuvas. Na região de Santa Rosa, as pastagens cultivadas de verão têm desenvolvimento vegetativo satisfatório, com boa lotação e produtividade, com o preço médio de comercialização variando de R$ 0,68 a R$ 0,95/litro do leite.
O rebanho ovino, tanto destinado à produção de carne como de lã, continua apresentado boas condições nutricionais e sanitárias. Os ovinocultores estão em alerta para a ocorrência de foot-root, ou manqueira, especialmente nos animais nos campos de várzeas mais baixos. Na região de Bagé, em algumas propriedades os ovinocultores iniciam a seleção das ovelhas e borregas para o encarneiramento. Este é o período de aquisição de reprodutores nas diversas feiras e exposições em várias regiões do Estado, período que se estende até o mês de fevereiro. Enquanto isso, os ovinocultores se organizam para a comercialização de cordeiros para as festas de final do ano. As lãs este ano estão mais leves do que no ano passado, fato atribuído às condições climáticas do período, especialmente pela baixa umidade.
Avanço dos grãos
Com o tempo seco na maioria das regiões produtoras, os produtores de arroz finalizam o entaipamento das lavouras e iniciam a irrigação. As lavouras apresentam bom desenvolvimento e algumas entram em fase reprodutiva. Mesmo com a pouca chuva registrada nos últimos períodos, os mananciais hídricos se encontram em níveis considerados normais para esta época do ano. Atualmente, 93% das lavouras de arroz estão em enchimento de grãos e 7% em floração.
Também beneficiado pelo clima, o milho encontra-se em desenvolvimento vegetativo em 34% da área já plantada, floração 30% e enchimento de grãos 26%. O padrão das lavouras de milho é bom nas áreas monitoradas com o Trichogramma sp (vespinhas) para o controle da lagarta do cartucho. A variação do preço médio da saca de 60 kg de milho foi de -0,26%, ficando a mesma em R$ 23,41 pagos ao produtor.
O plantio da soja se encaminha para o final, atingido 90% da área projetada para este ano, faltando finalizar no Sul e Campos de Cima da Serra. As sementes germinam bem, havendo bom stand inicial de plantas. O padrão da lavoura da soja também é considerado bom, predominando (87%) o estágio de desenvolvimento vegetativo. Várias lavouras de soja são monitoradas para a captura de mariposas e para a coleta de larvas para identificação da lagarta Helicoverpa. Quanto à comercialização, a semana foi considerada normal, com a saca de 60 kg sendo cotada, para o produtor, em R$ 66,21.
Mais da metade das lavouras da 1ª safra de feijão do RS se encontra nas fases de reprodução e enchimentos de grãos, com bom padrão. Boa parte dos agricultores está conduzindo as lavouras de feijão com boa tecnologia, prevendo-se produtividade acima de 2,0 t/ha. A produtividade do feijão 1ª safra acima de 2,0 t/ha é bem maior do que a estimativa inicial para o RS, que era de 1.200 kg/ha. A colheita do feijão já avança na região Noroeste e algumas lavouras já têm seu início nas áreas das regiões Central e Médio Alto Uruguai. O feijão 1a safra está com 9% das lavouras colhidas, 17% maduro e por colher, 35% em enchimento de grãos e 20% em desenvolvimento vegetativo.
As informações são da Emater - RS.
Envie seu comentário: