"As tecnologias de reprodução assistida possuem papel preponderante nos programas de multiplicação e preservação de material genético. Com o sistema de produção in vitro de embriões, é possível obter um grande número de descendentes de um determinado animal", explica a pesquisadora da Embrapa Clima Temperado e responsável pelo Laboratório de Reprodução Animal da Unidade, Lígia Pegoraro.
Este processo envolve etapas como: maturação ovócitária, fecundação, e desenvolvimento de embriões viáveis, com duração total de nove dias. "No inicio do mês de março deste ano, foram obtidos os primeiros blastocistos ovinos no Laboratório da Embrapa Clima Temperado e isso demonstra a viabilidade do processo de reprodução de ovinos em laboratório e o inicio de uma série de ações de pesquisa nesta área", comemora a pesquisadora.
Preservar características que poderão ser vitais, mais adiante, para a preservação das próprias linhagens comerciais, como a resistência a certos tipos de doenças e a capacidade de sobrevivência e adaptação em ambientes hostis, é objeto fundamental dessa linha de pesquisa.
O Programa de Conservação de Recursos Genéticos da Embrapa é coordenado por meio da Plataforma Nacional de Recursos Genéticos, que possui quatro grandes redes: vegetal, animal, microbiana e transversal. No caso da rede animal, as raças são conservadas de duas formas: in situ (animais vivos) e ex situ in vitro (material genético armazenado em laboratório).
O número de amostras de DNA das raças naturalizadas ultrapassaram a marca de 50 mil doses de sêmen estocadas no Centro Nacional de Pesquisa de Recursos Genéticos e Biotecnologia (Cenargen) da Embrapa, onde mantêm cerca de 500 embriões. Em torno de 90 % desse material é da espécie bovina e o restante de ovinos, caprinos e equinos.
As informações são da Embrapa Clima Temperado, resumidas e adaptadas pela Equipe FarmPoint.
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