Anualmente, eles furtam uma tropa 14 mil animais (bovinos e ovinos) nos quatro cantos dos Estado. Policiais estimam que 10% desse total seja de ovinos.
Dois fatores tornam o ovino o alvo principal dos abigeatários nas festas de fim de ano: o gosto do gaúcho pela carne assada do animal e a facilidade do furto. Por ser um bicho de tamanho pequeno, é levado até no porta-malas dos veículos.
O alvo predileto dos ladrões são as propriedades rurais próximas às cidades onde estão estabelecidos os receptadores, a maioria pequenos açougues. Devido as condições que o animal furtado é abatido, geralmente no campo, a carne dele é considerada uma ameaça à saúde pública.
“Este fim de ano vai ser a primeira vez que teremos uma ação conjunta para combater os abigeatários de ovinos, que costumam ser muitos ativos nesta época do ano” — relata o delegado Cristiano Ribeiro Ritta, titular da Delegacia Especializada em Roubos, Furtos, Entorpecentes e Capturas (Defrec) de Bagé.
A delegacia tem um cartório especializado em abigeato no Rio Grande do Sul. Enquanto a polícia age, criadores do animal desenvolveram sua própria tecnologia para diminuir os prejuízos. “Nós procuramos reunir o rebanho o mais próximo possível da casa sede da fazenda. E também colocamos ronda nos campos” — comenta Gilda Bonatto Acauan, membro de uma família tradicional na criação de ovinos em Santana do Livramento, na fronteira com o Uruguai. Mesmo com todo esses cuidados, durante o ano passado a família teve 120 animais furtados.
As informações são do Jornal Zero Hora, adaptadas e resumidas pela Equipe FarmPoint.
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