Inicialmente, apenas alguns criadores participarão de um estudo piloto que vai indicar as medidas mais adequadas a serem aplicadas quando o trabalho envolver todos os participantes.
Segundo reportagem de Leandro Belles, a idéia é reunir o maior número de ovinocultores sem determinar uma região geográfica específica ou exigir um número mínimo de animais por propriedade. "Queremos que os criadores trabalhem de maneira cooperada", comentou o presidente do conselho técnico da Arco, Araquen Pedro Dutra Telles.
Os trabalhos de campo devem começar no próximo mês e só então os coordenadores poderão tentar, no Ministério da Agricultura, a validade das certificações.
Para o veterinário Nairo Gonçalves, que cria 2.100 ovinos Corriedale na Estância São Luiz, em São Gabriel, a certificação deve proporcionar um incremento na renda. "Quem cria ovinos sabe que dá trabalho. Quem entrar neste processo vai ter de continuar fazendo esse mesmo trabalho, só que com mais comprometimento", disse ele, cujo rebanho produz cinco toneladas de lã por ano.
Para a indústria, o programa é determinante para a conquista de novos mercados. Segundo o presidente da Cooperativa Tejupá, de São Gabriel, Carlos Cleber Dias Leal, o Brasil está atrasado em relação a outros países na qualificação dos produtos. "O mundo atual exige isso (certificação). É indispensável garantir a qualidade em toda a cadeia produtiva para aumentar o rendimento no campo", ressaltou.
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