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RS: ovinocultores investem em genética para dobrar lucro

postado em 07/06/2013

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Em busca de produção de carne de maior qualidade, cabanhas do Rio Grande do Sul apostam na importação de material genético para qualificar o rebanho e garantir a competitividade no mercado nacional. De acordo com os criadores, o retorno do investimento é percebido em cerca de quatro anos.

“Os animais que nascem, nascem com maior peso, qualidade de carcaça e qualidade de carne”, disse o criador de ovinos Jorge Cavalcante. Ele importou da Inglaterra o sêmen de um carneiro e com o material genético, o pecuarista pretende qualificar os animais da cabanha, em Venâncio Aires, no Vale do Rio Pardo, e garantir carne de melhor qualidade aos fornecedores. A expectativa é das melhores: ele espera comercializar a cria pelo dobro do preço de outro animal da cabanha. “É um atalho genético que possibilita o melhoramento de todo o plantel através da inseminação, porque estamos utilizando o sêmen de um ótimo animal da Inglaterra, de alto valor genético. Esse animal foi testado lá na origem para poder comercializar o sêmen”, explica Cavalcante.

A importação teve acompanhamento e auxílio do Ministério da Agricultura. Das duzentas doses que chegaram ao Brasil, 20 foram para a cabanha de Jorge, que escolheu as melhores ovelhas para a inseminação por laparoscopia. O procedimento consiste em introduzir o sêmen diretamente no útero da ovelha. A técnica é inédita na região e para que dê certo, alguns cuidados são fundamentais. A preparação das ovelhas começa com a sincronização do cio e a aplicação de hormônio para aumentar a ovulação. “Elas vão ser inseminadas 55 horas após a aplicação do hormônio específico da espécie ovina. É o momento ideal, em que se tem o pico de ovulação, mais próximo do final da ovulação para obter melhores resultados de prenhez”, diz o veterinário Fabrício Wilke, da Associação Brasileira de Criadores de Ovinos.

Ainda assim, a criação de ovinos é tímida no município e na região. Porém, quem quiser investir na atividade pode procurar ajuda. “Esta cabanha poderá fornecer os reprodutores, os machos, que vão disseminar essa genética para o rebanho comum, comercial. O município tem a lei de incentivo à diversificação que contempla os pequenos produtores. Eles podem usar o recurso tanto para aquisição de matrizes quanto para a compra de equipamentos e benfeitorias”, disse o médico veterinário da Secretaria Municipal da Agricultura de Venâncio Aires, Daniel Terra Leite.

A valorização da carne ovina, principalmente na região sudeste do país, contribui para a expansão do negócio, garante Jorge. “É um mercado que está ávido para a carne só que precisamos estruturar toda uma cadeia, desde a criação ao frigorífico. Carne de qualidade é essencialmente o que o mercado quer”, finalizou ele.

As informações são do G1, adaptadas pela Equipe FarmPoint.  

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