De acordo com dados da Emater e da Farsul, o Rio Grande do Sul produz 600 mil cordeiros/ano, mas como somente os machos vão para abate, a oferta anual totaliza cerca de 300 mil animais.
Em Encruzilhada do Sul, os produtores querem ir mais longe e buscam o abate em escala para garantir fornecimento regular, segundo notícia do Correio do Povo/RS. Para isso, a Associação dos Produtores de Cordeiro quer adquirir um caminhão frigorífico para agilizar o transporte para o mercado regional. A associação, formada por 70 ovinocultores, estuda atender uma demanda de 50 cordeiros por semana no Rio de Janeiro.
A inexistência de um abatedouro específico está dificultando os negócios. Por enquanto, o abate ocorre uma vez por semana, permitindo a colocação de apenas 15 carcaças. Estão sendo estudadas possibilidades em frigoríficos em Santa Maria e Mato Leitão.
Mircon Giovani Kloss
Santa Maria - Rio Grande do Sul - Técnico
postado em 09/08/2006
É impressionante como uma atividade rentável e que permite incremento nos ganhos do produtor rural ainda apresenta falta de infraestrutura para o beneficiamento em escala.
A população mundial aumenta em centenas de milhares ao dia e o aumento na demanda por proteína de qualidade é igualmente intensa sem falar que a ovinocultura é uma das poucas atividades que desempenha um papel social extremamente importante. Pode ser desenvolvida em pequenas áreas ao contrário de alguns grãos que exigem grau de tecnificação elevado e são cultivados em áreas menores que trinta hectares.
O Brasil ainda não atingiu todo o seu potencial e não deveria deixar de dar atenção a mais essa atividade que certamente poderia aumentar o padrão de vida inclusive de pequenos produtores. Reforma agrária se faz dando condições de vida e trabalho, não dando terras a quem deseja a força. Campo forte, cidade forte.