O dado foi divulgado pelo coordenador do programa, José Galdino Garcia Dias. Entre maio de 2010 e abril de 2011 foram abatidas 200.700 fêmeas, número que caiu para 108.269 entre maio de 2011 e abril de 2012. Deixaram de ser abatidas 92.431 fêmeas.
De acordo com o secretário de Agricultura, Luiz Fernando Mainardi, este era um dos objetivos do programa desenvolvido em parceria com o Banrisul. "Para repovoar os campos com ovelhas, era fundamental reduzir o abate de matrizes", explicou o secretário. Segundo ele, cerca de 800 produtores tomaram emprestados junto ao banco R$ 20.345.635,00 para reterem 170 915 matrizes. O total de operações, até o final de maio, chegou a 1.632, com o financiamento de R$ 37.957.611,36 para retenção ou aquisição de 247.332 matrizes e reprodutores.
De acordo com Mainardi, este volume de operações eleva para R$ 1.122.791,00 o total investido diretamente pelo governo do Estado no Programa Mais Ovinos no Campo, com a equalização dos juros.
O presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Ovinos (Arco) avalia que o aumento de rebanho deve ocorrer em até 3 anos. Paulo Schwab acredita que os criadores já não estão tomando mais medidas imediatistas com o abate das fêmeas. "Se eu abater esta cordeira terei um lucro, uma renda só agora. Se eu deixar esta fêmea para reprodução, eu vou ter uma renda todos os anos com ela. É importante não sermos imediatistas e aumentar o rebanho - acredita."
O objetivo do programa Mais Ovinos é retomar o fortalecimento da ovinocultura gaúcha. O setor, que já contou com rebanho de 13 milhões de cabeças, hoje está com menos de 4 milhões. As linhas de financiamentos para a retenção das matrizes ovinas ainda tem à disposição recursos na ordem de cerca de R$ 64 milhões.
Matéria publicada no Jornal Minuano, veiculada e adaptada pela Assessoria da ARCO e pela Equipe FarmPoint.
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